"A opinião unânime do Grupo de Contacto, incluindo do deputado do Livre, foi a de votar contra a moção de censura do Chega", sustentou o partido numa nota divulgada.
O Livre argumentou que a moção de censura ao Governo socialista apresentada pela bancada de extrema-direita "apenas pretende produzir um ato mediático e performativo" e que nem o partido de André Ventura acredita "ele próprio na sua moção de censura, uma vez que não apresenta uma maioria alternativa" e também não "admite que a solução de eleições antecipadas seja desejável para o país".
O partido representado na Assembleia da República por Rui Tavares acrescentou que "esta é a chaga do populismo: desvalorizar o valor da palavra, dos gestos políticos e dos próprios atos parlamentares".
No entanto, o Livre advertiu que "explorar, num momento inicial da legislatura, o poder de antecipação sobre crises políticas futuras" faz com que os restantes atores políticos e órgãos de soberania, em particular o executivo - que é o terceiro de António Costa - elevem o "grau de exigência".
Apontando ao PSD e à IL, o Livre criticou a "ambiguidade estratégica em relação a futuras alianças com a extrema-direita" que, na ótica do partido, transparece pelas abstenções preanunciadas à moção.
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