Rita Matias, deputada do Chega, tem sido alvo de críticas nas redes sociais, nas últimas horas, depois de ter afirmado ser contra o aborto em qualquer circunstância, incluindo no caso de uma menina de 10 anos que engravidou depois de ter sido violada.
Em duas entrevistas recentes, a única deputada mulher do partido assume ser conservadora, católica praticante e antifeminista.
Depois de ter vincado a sua posição contra o aborto "em qualquer circunstância" numa entrevista ao Observador, a jovem de 23 anos disse ao Diário de Notícias que há direitos que os homens têm que não quer ter, sem especificar quais.
Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, referiu-se às declarações da deputada recordando que "obrigar uma criança a ter uma criança também é uma violação dos seus direitos".
Do ponto de vista da representante do PAN, a "violação tem consequências físicas e emocionais devastadoras, penhorando o direito à infância e à integridade sexual".
Rita Matias do CH defende que uma criança violada não deve abortar. A violação tem consequências físicas e emocionais devastadoras, penhorando o direito à infância e à integridade sexual. Obrigar uma criança a ter uma criança também é uma violação dos seus direitos.
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) July 11, 2022
José Manuel Pureza, antigo deputado do Bloco de Esquerda, recorreu também ao Twitter para comentar as entrevistas recentes de Rita Matias.
"Diz que é contra movimentos que separam a sociedade entre "nós" e "os outros". Vai daí, aderiu ao Chega", escreveu.
Diz que é contra movimentos que separam a sociedade entre "nós" e "os outros". Vai daí, aderiu ao Chega. Pois. https://t.co/JS1V3R9EHp
— José Manuel Pureza (@jmpureza) July 11, 2022
Nas redes sociais, muitos questionam ainda que direitos dos homens é que Rita Matias não quererá para si e criticam a deputada, escrevendo que estas posições "envergonham" qualquer mulher.
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