"As declarações da ministra da Agricultura configuram a absoluta instrumentalização do Estado em favor do PS, ou de quem é próximo ou apaniguado do PS, sendo o contrário motivo de perseguição, ou discriminação pela tutela", defendeu Nuno Melo, em comunicado.
Instada hoje pelos jornalistas a responder a críticas dirigidas à tutela pelo secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que disse ser "inexistente" a resposta do Governo para mitigar o impacto da seca no setor da produção e alimentação animal, a ministra devolveu a pergunta.
"É melhor perguntar porque é que durante a campanha eleitoral a própria CAP aconselhou os eleitores a não votar no Partido Socialista", disse a ministra.
Para o CDS-PP, "independentemente da manifesta falta de capacidade para a função, o que é facto é que com estas declarações, a ministra da Agricultura deixou de ter quaisquer condições de isenção, distanciamento e dimensão de Estado, para poder continuar a ocupar o cargo".
"Em consequência, o CDS reclama a imediata demissão da ministra Maria do Céu Antunes", declarou Nuno Melo.
O líder centrista e eurodeputado sublinhou que "um ministro do governo de Portugal é um ministro da República, não é um representante de qualquer partido político, menos pode decidir em função da filiação ou simpatia partidária".
Para Nuno Melo, "a seca em Portugal é um facto público, notório, extremo, que causa grave impacto na agricultura" e a CAP, "representando mais de metade dos agricultores do país, é pela sua importância e relevância, parceiro social e uma instituição fundamental do setor, reconhecida como tal em Portugal e no estrangeiro".
Leia Também: Gás? "Não há um português que conheça as contas do acordo peninsular"