Sérgio Figueiredo. Chega diz que "há explicações que continuam por dar"
O Chega considera que "há explicações que continuam por dar" após a renúncia de Sérgio Figueiredo ao cargo de consultor do ministro das Finanças, e questiona se houve "alguma espécie de troca de favores" entre os dois.
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Política Ministério das Finanças
Em comunicado, a direção nacional do partido refere que "recebeu sem surpresa a notícia da renúncia de Sérgio Figueiredo como consultor do Ministério das Finanças", apontando que "a pressão pública e o sentimento de imoralidade do seu vencimento, perante os restantes funcionários públicos, mesmo do Ministério das Finanças, assim o ditavam".
"Há, no entanto, explicações que continuam por dar", defende o Chega, reiterando "o pedido que fez à Inspeção-Geral das Finanças para uma investigação aos pagamentos efetuados entre Medina e Figueiredo e se em algum momento houve alguma espécie de troca de favores".
O partido de extrema-direita considera ainda que a "vida pública, especialmente a vida política tem de pautar-se por critérios de transparência e legalidade, critérios que, neste caso, apareciam, no mínimo, distorcidos".
Sérgio Figueiredo renunciou hoje ao cargo de consultor do ministro das Finanças, comunicando a decisão através de um texto publicado no Jornal de Negócios.
"Para mim chega! Sou a partir deste momento o ex-futuro consultor do ministro das Finanças. Sossego as almas mais sobressaltadas de que não cheguei a receber um cêntimo, sequer formalizei o contrato que desde a semana passada esperava pela minha assinatura", pode ler-se num texto assinado por Sérgio Figueiredo.
Em reação à demissão, o ministro das Finanças, Fernando Medina, lamentou "não poder contar com o valioso contributo de Sérgio Figueiredo ao serviço do interesse público".
"Lamento profundamente a decisão anunciada por Sérgio Figueiredo, mas compreendo muito bem as razões que a motivaram", afirmou Fernando Medina, em comunicado enviado às redações, sobre a decisão de Sérgio Figueiredo de não prestar os serviços de consultoria para o gabinete do ministro das Finanças.
O jornal Público noticiou em 9 de agosto que o Ministério das Finanças tinha contratado o antigo diretor de informação da TVI e ex-administrador da Fundação EDP Sérgio Figueiredo como consultor estratégico para fazer a avaliação e monitorização do impacto das políticas públicas, escolha que motivou críticas de partidos políticos e comentadores.
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