Em comunicado, os comunistas felicitaram o partido liderado pelo presidente angolano, João Lourenço, e consideraram que os 51% alcançados pelo Movimento Popular de Libertação de Angola expressam o reconhecimento por parte da população "do percurso histórico e papel fundamental" daquela força política "na conquista da independência, da defesa da soberania e da integridade territorial face à agressão do regime de apartheid".
Na mesma nota, o PCP "denuncia as operações de ingerência que a partir de Portugal procuram, uma vez mais, promover a desestabilização de Angola", alertando para a tentativa "de colocar em causa o processo eleitoral" por parte da UNITA e de outras forças políticas "perante a sua derrota" e "à semelhança de situações anteriores".
De acordo com os resultados definitivos divulgados hoje pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Angola, o MPLA venceu com 51% as eleições gerais que se realizaram há cerca de uma semana, enquanto a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) obteve 44%.
Na ótica do PCP, as forças políticas que estão a contestar o resultado das eleições "não aceitam a vontade soberana, livre e democraticamente expressa" pelos angolanos.
Segundo os dados apresentados, votaram 44,82% dos 14,4 milhões de eleitores, com 1,67% de votos brancos e 1,15% de votos nulos.
O MPLA arrecadou 3.209.429 de votos, ou seja 51,17%, elegendo 124 deputados, e a UNITA conquistou 2.756.786 votos, garantindo 90 deputados, com 43,95% do total.
O plenário da CNE proclamou João Lourenço -- cabeça de lista do MPLA - como Presidente da República de Angola e Esperança da Costa -- a número dois - como vice-presidente.
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