"Tudo o que se faz aqui neste hospital é feito com verbas da região e com fundos europeus. Ou seja, a Europa é mais generosa para connosco do que o Estado", considerou Miguel Albuquerque no seu discurso na cerimónia comemorativa dos 49 anos do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
O presidente do executivo de coligação PSD/CDS-PP lamentou ainda "o desplante e a pouca vergonha de ser a região a assumir os custos de soberania, em que nem as despesas de soberania são pagas [pelo Estado] ao Sesaram [Serviço Regional de Saúde]".
"Nós atingimos de facto o cúmulo do ridículo e o que é fundamental também percebermos é que este Serviço Regional de Saúde que nós temos, que tanta confiança nos inspira enquanto cidadãos, resulta de facto de termos um sistema que foi regionalizado", reforçou.
Miguel Albuquerque lembrou também que está a decorrer a construção do novo hospital, "um dos maiores investimentos nacionais", concebido para "ser facilmente adaptado à evolução vertiginosa da tecnologia".
A obra do novo Hospital Central e Universitário da Madeira está orçada em cerca de 340 milhões de euros e o Governo da República assegura o cofinanciamento em 50% da construção, fiscalização da empreitada e aquisição de equipamento médico e hospitalar.
A nova unidade hospitalar, localizada na freguesia de São Martinho, nos arredores do Funchal, abrange uma área de 172 mil metros quadrados e terá 607 camas, sendo 79 de cuidados intensivos e 503 destinadas a internamento geral, 11 salas de cirurgia, um parque de estacionamento com capacidade para quase 1.200 automóveis e um heliporto.
Na cerimónia de hoje, a presidente do conselho de administração do Serviço Regional de Saúde, Rafaela Fernandes, anunciou a criação de uma comissão de honra presidida por Miguel Albuquerque para preparar o 50.º aniversário do hospital.
Leia Também: Governo da Madeira pondera alargar bolsas de estudo e reduzir IRS