PSD presente no congresso da Frelimo com "muita fé" em Moçambique

O PSD participa no congresso da Frelimo "com muita fé" no desenvolvimento de Moçambique, disse hoje José Cesário, coordenador do secretariado nacional para as comunidades portuguesas, que juntamente com Luís Campos Ferreira representa o partido em Maputo.

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Lusa
25/09/2022 18:30 ‧ 25/09/2022 por Lusa

Política

PSD

"Nós temos muita fé em Moçambique e esperamos ardentemente que consiga desenvolver a sua economia", disse à Lusa, acerca do que o 12.º Congresso pode significar para a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a independência.

"As jazidas de gás no norte têm um potencial assinalável para todo o mundo e temos muita fé que Moçambique saberá desenvolver esses projetos" para "dar ao povo moçambicano o desenvolvimento que merece ter", referiu.

"Nós cá estaremos para ajudar", acrescentou, aludindo a Portugal e à relação de "países irmãos".

"Há laços a todos os níveis" e "um partido como o PSD, do arco da governação, nunca podia deixar de manter uma relação de relativa proximidade" com a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), "com salvaguarda dos posicionamentos ideológicos de cada um, que são diferentes", detalhou Cesário.

Ideologias à parte, o social-democrata destacou tratar-se de dois partidos que, "quando colaboram, é sempre na ótica da governação".

"Evidentemente que hoje estamos na oposição em Portugal, mas temos consciência de que um dia voltaremos a estar no Governo e, portanto, este tipo de relações têm de ser aprofundadas", disse. 

"Não deixa de ser interessante nós estarmos aqui" e "o partido do Governo em Portugal não estar presente", acrescentou o antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, referindo-se ao PS.

O presidente dos socialistas, Carlos César, enviou hoje uma mensagem ao congresso da FRELIMO, em que saudou o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e salientou a "cumplicidade incontornável" entre portugueses e moçambicanos.

Para José Cesário, entre os temas que vale sempre a pena discutir nestes encontros estão "a mobilidade no contexto dos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a implantação de empresas" em Moçambique e em Portugal, aspetos da cooperação militar ou outros ligados à língua.

"Temos muitas questões que temos de discutir", concluiu.

O 12.º Congresso da Frelimo decorre desde sexta-feira até quarta num encontro em que o atual líder é o único candidato anunciado à presidência.

Durante o encontro na Matola, subúrbios de Maputo, serão ainda eleitos os novos órgãos sociais: o Comité Central, ao qual caberá a escolha do secretário-geral, a Comissão Política e o Comité de Verificação.

Depois do congresso, passará pelos novos órgãos a escolha do candidato às eleições presidenciais de 2024.

O 12.º Congresso da Frelimo conta com a participação de cerca de 1.500 delegados.

Leia Também: PS salienta à FRELIMO "cumplicidade" entre portugueses e moçambicanos

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