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Jerónimo não vê conserto para OE "ao lado dos grandes grupos económicos"

O secretário-geral do PCP acusou hoje o Governo de se ter colocado "ao lado dos grandes grupos económicos" com a proposta de Orçamento do Estado para 2023, para a qual disse não ver conserto.

Jerónimo não vê conserto para OE "ao lado dos grandes grupos económicos"
Notícias ao Minuto

15:00 - 12/10/22 por Lusa

Política OE2023

"Quem nasce torto tarde se endireita, nós pensamos que vai ser muito difícil endireitar", declarou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, após uma audiência sobre o Orçamento do Estado para 2023.

Questionado se o PCP irá votar contra a proposta do Governo na generalidade, Jerónimo de Sousa respondeu à jornalista que lhe fez a pergunta: "Com certeza reparou no sentido crítico com que introduzi este nosso encontro".

"Este Orçamento, de facto, não responde aos problemas nacionais. Não é um Orçamento justo, na medida em que privilegia não as pequenas e médias empresas (PME), não os pequenos médios comerciantes ou agricultores, beneficia os grandes grupos económicos, multinacionais que podem de uma forma desbragada aumentar os lucros, sacá-los, enviá-los para os paraísos fiscais", sustentou.

Segundo Jerónimo de Sousa, ao mesmo tempo, o Governo dá respostas "claramente insuficientes" à desvalorização de salários e pensões face à inflação, "questões tão concretas que afetam de facto milhões de portugueses".

"Enfim, o Governo fez uma opção, ficou do lado desses grupos económicos", reiterou o secretário-geral do PCP.

"Mas de qualquer forma aqui estamos com a disposição e confiança de dar o nosso contributo", assegurou, antevendo porém que "o coração dessa maioria atual não vai ceder" e "vai corresponder a esses objetivos designadamente aos lucros das empresas, dos grandes grupos económicos".

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