"Também sou estudante da FLUL e também não me sinto representada por um Diretor que acha que os protestos estudantis se resolvem com força policial". Assim protestou a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, no Facebook, a ação policial na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, na passada sexta-feira, que visou afastar ativistas climáticos que ocupavam o edifício.
"Polícia dentro da faculdade é coisa de outros tempos", disparou Mortágua, partilhando um cartaz ilustrativo à manifestação 'Tamen, a FLUL é nossa', que vai decorrer na terça-feira, às 16h, em frente à faculdade lisboeta.
As palavras de Joana Mortágua surgem depois de, na manhã de sábado, Catarina Martins, coordenadora do BE, ter também criticado a intervenção policial na faculdade lisboeta
"A direção da FLUL pediu a intervenção da polícia para afastar os estudantes que lutam pelo clima? Se alguém esqueceu os princípios básicos da democracia, não foram os estudantes. A Universidade de Lisboa tem muito a explicar. Que cheiro a bafio. Um bafio fóssil", atacou Catarina Martins no Twitter.
A direção da FLUL pediu a intervenção da polícia para afastar os estudantes que lutam pelo clima? Se alguém esqueceu os princípios básicos da democracia, não foram os estudantes. A Universidade de Lisboa tem muito a explicar. Que cheiro a bafio. Um bafio fóssil.
— Catarina Martins (@catarina_mart) November 12, 2022
O movimento 'Fim do Fóssil!' tem levado a cabo uma série de protestos ao longo da última semana, ocupando várias faculdades e escolas na capital. Nove membros deste movimento, que ocupavam a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa desde segunda-feira, foram retirados da mesma na sexta-feira às 23h40, tendo quatro deles sido detidos.
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