Chuva. Livre pede ao Governo e autarquias para acionarem "todos os meios"
O Livre apelou hoje ao Governo para acionar "todos os meios disponíveis" de prevenção de danos face à chuva intensa e cheias no país e defendeu que cabe aos executivos locais a articulação e adoção de medidas mitigadoras.
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Política Mau tempo
Em comunicado, o partido representado no parlamento pelo deputado único Rui Tavares salienta que o momento atual "é de muita gravidade e preocupação".
"Instamos o Governo a acionar todos os meios disponíveis de prevenção de danos e proteção das populações. Até ao momento, a falta de ação tem contribuído para um aumento do impacto da chuva intensa, como é exemplo a falta de orientações concretas da parte do Ministério da Educação relativamente ao encerramento das escolas - o que fez com que vários pais se tenham deslocado para levar os filhos à escola para, momentos depois, estas serem encerradas. É fundamental reforçar os meios onde necessário, e garantir uma adequada transmissão de informação pelas entidades responsáveis, locais e nacionais", defendem.
O Livre refere que, "por outro lado, caberia também aos executivos locais a articulação e adoção de medidas para mitigar o impacto deste fenómeno extremo".
"No caso de Lisboa e Oeiras, cabia aos respetivos presidentes de Câmara, Carlos Moedas e Isaltino Morais, a atempada informação e atuação junto dos residentes e dos pais e encarregados de educação das escolas dos municípios para minimizar as consequências nefastas os danos que se esperavam - algo que consideramos não ter sido feito tendo em conta o nível de previsibilidade e de risco que se perspetivava", defende.
O partido considera que "as causas são já sobejamente conhecidas: políticas de ordenamento do território mal estruturadas que permitem, entre outras, a impermeabilização dos solos, a ocupação dos leitos de cheia e de vertentes, pondo assim em risco a vida das pessoas e os seus bens", circunstâncias que "são atualmente agravadas pelas alterações climáticas que levam a consequências cada vez mais dramáticas devido à ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos".
"Haverá, no entanto, tempo para se fazer o balanço da responsabilidade pelas ações tomadas ao longo de anos. Neste momento, o que se impõe é a tomada de medidas tanto pelo governo como pelas autarquias afetadas para proteger as pessoas, as suas casas e os seus bens", conclui o Livre.
A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou hoje centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.
Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.
No distrito de Santarém, a chuva fez aumentar os caudais do rio Tejo, levando a Comissão Distrital de Proteção Civil a acionar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, dado o risco "muito significativo" de galgamento das margens do rio. Nesta bacia hidrográfica e na do Douro foi ativado o alerta amarelo.
Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal, que prevê acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
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