O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, absteve-se, esta terça-feira, de criticar António Costa quanto à nomeação dos dois novos ministros do Governo, numa remodelação para substituir o ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Porém, deixou um aviso: responsabilidade "recairá sobre o Governo".
"Mantenho a explicação", explicou o chefe de Estado, considerando que o critério do primeiro-ministro foi "não mexer muito naquilo que isso já existe".
"Se funcionar é uma boa ideia, se não funcionar temos de pensar em outras soluções", frisou Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo com o Presidente da República, "cabe ao primeiro-ministro escolher o caminho, para mudar ou continuar e mexer o menos possível", denotando ainda que, "escolheu a segunda via". "E ao escolher, conforme os resultados, será um sucesso ou não", esclareceu.
Uma vez conhecidos os resultados, a responsabilidade sobre estes "recairá em cima do Governo e do primeiro-ministro", frisou.
"O Presidente da República só não aceita nomes propostos pelo primeiro-ministro se houver, por exemplo, objeções constitucionais", esclareceu. Segundo Marcelo, "assim se perde menos tempo e garante o processo em curso".
Sobre ser João Galamba o escolhido, o chefe de Estado sublinhou que "é um julgamento do primeiro-ministro".
Os atuais secretários de Estados João Galamba e Marina Gonçalves foram escolhidos por António Costa para as funções de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação, respetivamente, segundo uma nota publicada no site da Presidência da República na segunda-feira.
Com esta opção, aceite pelo Presidente da República, o líder do executivo separa as pastas das Infraestruturas e da Habitação, áreas que até agora foram acumuladas pelo ex-ministro Pedro Nuno Santos.
Neste XXIII Governo Constitucional, João Galamba tem desempenhado as funções de secretário de Estado do Ambiente e da Energia, enquanto Marina Gonçalves tem exercido o cargo de secretária de Estado da Habitação.
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