O líder do Partido Social Democrata, Luís Montenegro, fala numa "necessidade de esclarecimento cabal quanto ao nível de conhecimento e neglicência de informação que estava na posse do senhor ministro e que possa ter sido desvalorizada", pelo que "pode ter sido responsável por não evitar a derrapagem".
De acordo com o presidente do PSD, "Gomes Cravinho já foi ao parlamento, mas insistimos com novo pedido para ser ouvido na Comissão".
O ex-ministro da Defesa e atual ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, foi informado em março de 2020 de que o custo das obras no antigo Hospital Militar de Belém estava a derrapar, noticiou esta quinta-feira o jornal Expresso.
Questionado ainda sobre se o Ministro das Finanças, Fernando Medina, tem condições para se manter no cargo, Luís Montenegro responde que "a questão fundamental tem a ver com a nomeação de uma secretária de estado em situações não são normais e que deviam ter sido acauteladas até para o próprio Governo".
"Se eu fosse primeiro-ministro, a última coisa que eu quereria era que os secretários de estado saíssem à velocidade como tem acontecido a este primeiro-ministro para o próprio interesse do Governo, do país", acrescentando que "com membros do governo nestas condições, não são conferidas condições de governança".
Nesse seguimento, "há depois falhas em vários ministérios e nas politicas setoriais", sublinhou.
Há suspeitas que recaem sobre decisões que Fernando Medina tomou quando era presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
[Notícia atualizada às 12h54]
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