"Não basta dizer que queremos ser a terceira força política. Isso é inevitável, é questão de tempo, mas não chega, não permite transformar Portugal. Eu não quero fazer cócegas ao sistema, eu quero mudar Portugal. Nós vamos mudar Portugal", disparou Rui Rocha, candidato à liderança da Iniciativa Liberal, que é decidida neste fim de semana, na VII Convenção do partido, seguindo a saída de João Cotrim de Figueiredo.
Mandatário da Lista L, Rocha quer "descentralizar" o partido, aumentando o financiamento dos núcleos da IL no país, reduzindo o valor das quotas e apostando na formação política dos seus militantes. "Se queremos acabar com o bipartidarismo, porque Portugal precisa de uma solução política diferente, precisamos de ser ambiciosos", continuou o liberal.
No seu discurso, Rocha atirou ainda mais farpas ao Partido Socialista e ao Partido Social-Democrata, disparando, sobre "o aparelho de Estado de partidos que querem controlar o país”: "O PSD faz na Madeira o que o PS faz a nível nacional."
É, aliás, nesta região autónoma - tal como nos Açores - que Rui Rocha quer ver a IL a apostar, garantindo ter a esperança de conquistar um Grupo Parlamentar em cada respetivo Parlamento regional.
"No país da IL, todos os atores do sistema de saúde estarão incluídos numa solução para que os portugueses tenham acesso à saúde. No país da IL, as famílias vão escolher as escolas mais apropriadas aos seus interesses", prometeu ainda Rocha, ecoando as propostas já conhecidas do partido liberal relativamente à saúde e à educação.
Rui Rocha despediu-se do púlpito, seguro de que os liberais vão "sair unidos desta extraordinária convenção, seja qual for o resultado".
[Notícia atualizada às 17h24]
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