De momento, a população portuguesa está a passar por momentos difíceis no que ao preço das casas diz respeito, sobretudo nas grandes cidades, como Lisboa e Porto. Na terça-feira, o Índice de Preços Residenciais Confidencial Imobiliário revelou que se registou o maior aumento dos preços das casas em 30 anos e o dirigente do Bloco de Esquerda José Soeiro considera que esta é uma "realidade insuportável".
O bloquista aponta que é "preciso fazer muitas coisas" para que o mercado imobiliário em Portugal não fique destruído e que os portugueses (e os que cá residem) não percam o "direito básico" à habitação.
"Uma realidade insuportável. É preciso fazer muitas coisas, ao mesmo tempo, em força. Regulação das rendas, limitações à especulação e proibição de compra por parte milionários que tratam casas como bens de investimento e de troca, fim dos vistos gold, limitação ao alojamento local, muito mais habitação pública, impedir venda de património público que pode ser convertido em habitação… A situação é grave e esta dinâmica está a destruir completamente um direito básico sem o qual outros direitos não existem", refere Soeiro, numa publicação na rede social Facebook.
Recorde-se que, na terça-feira, foi publicado um relatório da Confidencial Imobiliário, que dá conta que os preços das casas subiram 19% em 2022, o que significa o maior aumento em 30 anos.
"Os preços de venda das casas em Portugal (Continental) subiram 18,7% em 2022, a valorização anual mais elevada dos últimos 30 anos, de acordo com o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário", pode ler-se em comunicado.
Deste modo, "é necessário recuar a 1991 para encontrar uma taxa de variação homóloga no final do ano superior à registada neste último mês de dezembro".
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