PSD? Sondagem "deve ser vista como uma temperatura, porventura falível"

A sondagem da Pitagórica para a CNN/TVI, publicada na quarta-feira, que coloca o PSD a ultrapassar o PS pela primeira vez em cinco anos é, para Francisco Louçã, "só mais uma".

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Notícias ao Minuto
26/01/2023 23:51 ‧ 26/01/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Louçã

O antigo líder do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, considerou, esta quinta-feira, que a sondagem da Pitagórica para a CNN/TVI, feita no início deste mês, que coloca o PSD a ultrapassar o PS pela primeira vez em cinco anos, é "só mais uma" e "deve ser vista como uma temperatura, porventura falível", até porque "tem diferenças substanciais quanto à conta de alguns partidos em relação a uma recente da SIC (em que os liberais tinham 2%, aqui teriam 9%)".

Através do Facebook, defende que existe, nesta sondagem, "provavelmente uma subestimação do PCP". Para Louçã, "o que não deve ser desconsiderado é a indicação de tendências que, mesmo que aproximativamente, as sondagens com pequenas amostras podem sugerir".

É neste âmbito que define "três indicações importantes", começando pelo Partido Socialista (PS), cujo "desgaste [...] acelerou". "A maioria absoluta, beneficiária do efeito pandemia e da bem engendrada chantagem nas eleições de ainda não há um ano, esboroou-se. O PS não recupera essa maioria absoluta, mesmo que acredite no efeito milagroso dos dinheiros do PRR", até porque "parte da sociedade revoltou-se", defende, augurando que "o governo está a afundar-se e é difícil que aguente até 2024".

De seguida, o antigo deputado 'puxa a brasa à sua sardinha', referindo que "o Bloco ganha mais de dois pontos nesta sondagem, como nas outras, o que significa que, a serem dados fidedignos, uma parte do eleitorado que quis ou aceitou a chantagem da maioria absoluta se vira para uma esquerda que queira determinar uma viragem política". Para Louçã, "há muito mais pessoas que estão ou estarão nessa situação de se afastar do desastre da política do PS".

Finalmente, em jeito de conclusão, o economista refere que "o PS está a perder votos também para o Chega". Não "para o PSD", mas "para Ventura", o que "exigiria alguma resposta do governo que, pelo contrário, vai continuar a exibir a sua casta de nomeações e escândalos, ao mesmo tempo que recusa negociar soluções realistas com os professores ou profissionais de saúde".

"É o que exige à esquerda mais luta social com resposta política. Derrotar a maioria absoluta era e é a chave da evolução do país", concluiu.

A sondagem da Pitagórica para a TVI/CNN Portugal revela que o PSD arrecadou 30,6% das intenções de votos, mais 3,7 pontos percentuais que os socialistas (26,9%). Realizado entre os dias 11 e 17 de janeiro, este estudo envolveu 828 inquiridos, realçando-se também que 53% deles fizeram uma avaliação negativa ou muito negativa do Executivo. É a primeira vez, desde 2017, que o PSD conquista uma maior percentagem das intenções de voto do que o PS numa sondagem.

Nessa mesma sondagem, publicada na quarta-feira, o Chega reúne 14,3% das intenções de voto e a Iniciativa Liberal 8%. A margem de erro é de 3,48%. O Bloco de Esquerda apresenta-se com 5,6%, o PCP com 2,2%, o Livre com 1,9% e o PAN com 0,9%.

Leia Também: Dois terços dos portugueses acreditam que PSD não está pronto a governar

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