Numa iniciativa do Partido Popular Europeu, em Lisboa, dedicada precisamente ao PRR, Nuno Melo lembrou que, em novembro do ano passado o Presidente da República avisou a ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, que não lhe perdoaria se a taxa de execução dos fundos europeus não fosse a adequada.
"Decorrido um terço do tempo para a aplicação do PRR em Portugal, apenas 9% dos mais de 16 mil milhões de euros destes fundos, absolutamente estratégicos, é que foram executados até hoje", frisou Nuno Melo.
Por isso, o presidente do CDS-PP deixou um 'recado' ao chefe de Estado: "Já não restam muitas dúvidas sobre o desastre da execução do PRR, o que equivale a dizer da certeza dessa falha que preocupa o Presidente da República", disse.
"Já não está em causa saber se vai ou não perdoar o Governo. O que temos já é imperdoável, devia decidir qual o castigo que o Governo merece", desafiou.
Para Nuno Melo, esta "negligência com que os fundos do PRR estão a ser executados", aliada "à instabilidade política, com 12 governantes substituídos em nove meses", só pode ter uma conclusão.
"Para nós, no CDS-PP, o tempo é de dissolver parlamento e termos eleições antecipadas. Podem-nos trazer todas as sondagens deste mundo, o CDS estará pronto", assegurou, numa referência a um estudo de opinião recente que dá 0% de intenções de voto nos democratas-cristãos.
Leia Também: PSD acusa Governo de "fazer campanha" com PRR "enganar municípios"