IL acusa Governo de "incompetência, incapacidade e instabilidade"

A Iniciativa Liberal (IL) acusou o Governo de "incompetência, incapacidade e instabilidade", quando se cumpre um ano de maioria absoluta socialista, e considerou que "cada dia que passa com este PS em funções é pior para o país".

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Lusa
28/01/2023 07:07 ‧ 28/01/2023 por Lusa

Política

Maioria Absoluta

"Este Governo tem três características. Duas delas que já eram características que nós apontávamos aos governos de António Costa, a primeira é incompetência e a segunda é incapacidade, e este Governo tem uma característica muito sua, a que se juntou a estas duas, que é a instabilidade", afirmou o líder parlamentar da IL.

Em declarações à agência Lusa a propósito do primeiro aniversário das eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022, que deram uma maioria absoluta do PS, Rodrigo Saraiva indicou que foi após chegar à "conclusão destas três características - a incompetência, a incapacidade e a instabilidade", que o partido decidiu apresentar uma moção de censura, a segunda que este Governo enfrentou (a primeira foi apresentada pelo Chega).

O deputado da IL referiu também que, apesar de este Governo ter sido eleito há um ano, António Costa "é primeiro-ministro há sete anos" e o PS governou "Portugal em 20 dos últimos 27 anos", referindo que "há uma imagem de marca que já está colada na pele do PS que é a marca da estagnação".

"Um país estagnado não tem condições para crescer e não tem soluções", criticou, defendendo que "cada dia que passa com este PS em funções é pior para o país".

Rodrigo Saraiva defendeu que "esta governação não funciona, não consegue resolver os problemas do país e dos portugueses e cada dia que passa com este Governo em funções é pior para o país".

O líder parlamentar da IL garantiu que, "se o senhor Presidente da República achar que deve haver eleições", o partido está preparado.

No que toca à Assembleia da República, o liberal afirmou que "está refém de uma maioria absoluta".

"Em termos daquilo que é a aprovação de propostas, e se nos focarmos por exemplo nos dois processos orçamentais que tivemos, o PS foi muito cirúrgico a escolher a quantidade e o tipo de propostas que deixava passar dos outros partidos, tendo em conta aquilo que era o objetivo estabelecido de tentar demonstrar que era dialogante, porque foram sobretudo propostas que passaram sem qualquer impacto orçamental. Demonstra-se que foi uma abertura que era uma maquilhagem, não era abertura nenhuma", criticou.

Rodrigo Saraiva acusou ainda os socialistas de limitarem "o escrutínio por parte da oposição com grande acutilância e assertividade às suas conveniências".

E considerou que "o PS começa a perceber que fora das paredes do parlamento o país já percebeu que o PS bloqueia o parlamento e está obviamente a bloquear o crescimento do país".

Em 30 de janeiro de 2022 o PS venceu as eleições legislativas antecipadas com maioria absoluta e elegeu 120 deputados, tendo o PSD ficado em segundo lugar, com 77 parlamentares. O Chega conseguiu a terceira maior bancada, com 12 deputados, seguindo-se a Iniciativa Liberal, com oito, o PCP, com seis, o BE, com cinco, o PAN, com um, e o Livre, também com um.

Devido à repetição de eleições no círculo da Europa, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apenas deu posse ao XXIII Governo Constitucional, o terceiro chefiado por António Costa, em 30 de março de 2022.

Leia Também: Maioria absoluta. PS desdramatiza as opções de confrontação com o Governo

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