PCP: Governo "não pode ficar indiferente" aos protestos de professores

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou hoje que a luta dos professores "é justa" e afirmou que o Governo "não pode ficar indiferente" aos protestos destes profissionais.

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Lusa
11/02/2023 16:38 ‧ 11/02/2023 por Lusa

Política

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justa a luta dos professores, são justas as suas reivindicações, como se pode ver por esta magnífica mobilização que está em curso", afirmou o secretário-geral comunista, que marcou presença na manifestação nacional de professores convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof).

Paulo Raimundo defendeu que o "Governo não pode é ficar indiferente ao que se está a passar também hoje aqui na Avenida da Liberdade", em Lisboa.

Uma delegação do PCP, que incluiu também a líder parlamentar, Paula Santos, esteve presente na manifestação em "solidariedade com a justa luta dos professores" e com "o respeito que merecem, mas também uma solidariedade com a escola pública, que também é isso que está em causa".

Paulo Raimundo assinalou que os professores "são muitos e estão muito determinados" e salientou que esta realidade "não pode passar ao lado" do Governo, "porque só a convicção, só a justeza destas reivindicações é que permitem que esta gente toda se concentre durante várias semanas consecutivas, da forma como têm feito".

"Estão a lutar por eles mas também estão a lutar pelo futuro do nosso país, que é a educação pública", assinalou.

Considerando que "o Governo não tem alternativa", Raimundo defendeu que o Governo deve "encontrar caminhos" para atender às reivindicações dos professores, e "não partir de uma premissa que os problemas são o que são e não há nada a fazer".

Milhares de professores começaram cerca das 15:20 a descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa, em direção ao Terreiro do Paço, a exigir "respeito", numa marcha encabeçada pelo secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.

A manifestação é convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), mas conta também com a participação da Federação Nacional de Educação (FNE) e outras sete organizações sindicais, bem como da Associação de Oficiais das Forças Armadas e de representantes da PSP.

O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), que ainda tem uma greve a decorrer nas escolas, não faz parte dos organizadores, mas também marcou presença.

No início do ano letivo, a tutela da Educação decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa.

Desde então, as negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações.

Fora da agenda negocial, estão reivindicações que os professores dizem que não vão abandonar, tais como a recuperação do tempo de serviço ou as progressões na carreira que os docentes.

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