Visita de Biden a Kyiv poderá "acrescentar guerra à guerra", defende PCP

O secretário-geral do PCP considerou hoje que a visita do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à Ucrânia poderá "acrescentar guerra à guerra", apelando a que sejam dados sinais com vista a negociações de paz.

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Lusa
20/02/2023 12:41 ‧ 20/02/2023 por Lusa

Política

Ucrânia

Em declarações aos jornalistas na sede nacional do PCP, após um encontro com uma delegação do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), Paulo Raimundo foi questionado sobre a deslocação surpresa do presidente norte-americano a Kyiv, se é um "bom ou mau sinal" para um processo de paz naquela região.

O líder comunista respondeu que "todos os sinais que sejam no sentido da paz e da criação de condições para se sentarem à mesa para resolverem o problema com que se enfrentam milhares de pessoas - em particular o povo ucraniano, mas não só - são bem-vindos".

"A ideia que tenho é de que essa visita não será nesse sentido. Talvez se não for nesse sentido, então corresponderá a mais um acrescentar de guerra à guerra, e acrescentar guerra à guerra não é solução para o problema que enfrentamos", defendeu.

O secretário-geral do PCP reiterou que são necessários "sinais que levem à continuação da paz, não à continuação da guerra, porque os resultados da continuação da guerra estão à vista".

"Não vale a pena o senhor primeiro-ministro [António Costa] vir justificar-se com a guerra, quando aquilo que podia resolver, não resolve", criticou ainda.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou hoje de manhã a Kyiv para uma visita não anunciada, já se tendo reunido com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Durante esta visita, Joe Biden prometeu mais armamento à Ucrânia e garantiu o apoio inabalável dos Estados Unidos perante a invasão russa do país.

"Vou anunciar a entrega de outros equipamentos essenciais, incluindo munições de artilharia, sistemas de antiblindagem e radares de vigilância aérea", disse Joe Biden, segundo um comunicado da Presidência norte-americana.

A visita de Biden a Kyiv acontece depois de, em 21 de dezembro, Zelensky se ter deslocado a Washington, naquela que foi a sua primeira deslocação ao estrangeiro desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.

Leia Também: Paulo Raimundo. As frases que marcam estes 100 dias na liderança do PCP

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