O presidente do Chega, André Ventura, considerou esta segunda-feira que a "CEO da TAP não tinha condições para continuar" no cargo, logo após o Governo ter anunciado a sua exoneração, bem como a do presidente do Conselho de Administração da companhia aérea.
"O Chega disse, desde o primeiro momento, que a CEO da TAP, bem como o seu chairman, já não tinham condições para se manterem em funções. O que aconteceu hoje foi a demonstração cabal de que tínhamos razão", considerou o líder do partido.
Com o anúncio feito, esta segunda-feira, por Fernando Medina, o ministro das Finanças "concluiu que a CEO da TAP ia apenas arrastar-se numa comissão de inquérito, numa investigação penosa para o Estado e para os interesses dos contribuintes", destacou ainda André Ventura.
"Nós dissemos, desde o dia 1, que a CEO da TAP não tinha condições para continuar e que isto estava a prejudicar gravemente o interesse nacional", disse ainda o líder do Chega.
No contexto da conferência de imprensa conjunta entre Fernando Medina e o ministro das Infraestruturas, João Galamba, "foi ainda dito que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) considerou nula a indemnização paga a Alexandra Reis" no momento de saída da companhia aérea, no valor de 500 mil euros, tema que despoletou toda a polémica, recordou Ventura.
O presidente do partido com a terceira maior representação parlamentar considerou que "não era preciso um grande esforço jurídico para perceber isso", tendo "em conta o Estatuto do Gestor Público e o facto de Alexandra Reis ter saído de uma empresa pública para ir trabalhar para outra empresa pública e, depois, ter sido secretária de Estado" do Tesouro. Tudo isto, destacou ainda André Ventura, num "intervalo temporal muito curto".
Em jeito de conclusão, o líder do partido destacou, assim, que o parecer da IGF parece ser "irrepreensível juridicamente".
As declarações de André Ventura surgem após o Governo ter determinado a exoneração do presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, e da CEO da companhia aérea, Christine Jeanne Ourmières-Widener.
Fernando Medina garantiu, ainda, que não haverá direito a pagamento de indemnizações aos dois líderes que vão agora cessar funções. No entanto, "serão pagas as compensações devidas no âmbito da lei".
[Notícia atualizada às 19h17]
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