Alexandra Reis. "É importante perceber se este é caso único", defende PAN
O PAN defendeu, esta segunda-feira, que o Governo não pode querer "fechar o ciclo" da indemnização atribuída a Alexandra Reis sem que sejam apuradas as consequências políticas do caso e prometeu que irá questionar, por escrito, o executivo.
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Política TAP
Num vídeo enviado à comunicação social, a deputada e porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, reagia à conferência de imprensa do Governo sobre o relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF), que concluiu pela ilegalidade da indemnização atribuída à ex-secretária de Estado do Tesouro e levou o Governo a exonerar os principais responsáveis da companhia aérea.
"Para o PAN, é fundamental que Fernando Medina venha esclarecer se, apesar de ter havido um despedimento com justa causa, tendo em conta que era do conhecimento da tutela o pagamento da indemnização, como mantém o argumento do despedimento por justa causa e se pode garantir que não haverá mais dinheiro do erário publico a ser pago por estas demissões", afirmou.
A líder do PAN discordou da visão do Governo de que "este é um ciclo que se fecha" na TAP, pelo menos antes de serem "assacadas responsabilidades políticas" sobre o caso.
"O processo e a comissão parlamentar de inquérito estão ainda a decorrer, é importante perceber se este é caso único ou se existiram mais indemnizações a serem pagas aos gestores da TAP", alertou.
Inês Sousa Real considerou que o ministro das Finanças, quando tomou posse, "deveria ter ido indagar o que estava para trás" na companhia aérea.
"Não basta que Fernando Medina diga que não tinha conhecimento, que não sabia, tinha a obrigação de pugnar por acautelar que o interesse público estava a ser prosseguido", defendeu.
Por isso, e apesar de o PAN não ter assento na comissão parlamentar de inquérito (por ter uma deputada única e não um grupo parlamentar), a porta-voz do partido assegurou que, depois de uma análise detalhada do relatório da IGF, irá pedir mais esclarecimentos ao Governo sobre o caso, por escrito.
A IGF concluiu que o acordo celebrado para a saída de Alexandra Reis da TAP é nulo, adiantou hoje o Governo, que vai pedir a devolução de grande parte da indemnização então paga (450 mil dos 500 mil euros).
Na sequência das conclusões do relatório, o Governo exonerou o presidente do Conselho de Administração e a presidente executiva da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, e anunciou que escolheu Luís Silva Rodrigues, que atualmente lidera a Sata, para assumir ambos os cargos.
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