"Admiro a atitude, é de risco, mas enfim, as pessoas que têm ambições à liderança do partido devem aparecer nos momentos que consideram importantes para a vida da democracia e do país", disse Manuel Alegre em declarações à Agência Lusa.
Para o histórico socialista, trata-se de um ato político que tem de ser considerado "com toda a normalidade num partido democrático como é o PS", sublinhando que irá trazer debate e reflexão e que, se no futuro, houver uma disputa pela liderança seja o partido a sair reforçado do debate.
Manuel Alegre recordou ainda que quando disputou em 2004 a liderança do PS com José Sócrates houve um "grande debate interno" que levou ao partido a uma maioria absoluta.
Na altura, Sócrates foi eleito com quase 80 por cento dos votos cerca de 16,6 por cento dos votos.
"É sempre bom debater, não apenas pessoas, mas também ideias e estratégia politicas. Não deve haver tabus, sou amigo dos dois, tenho apoiado [António José] Seguro, mas sou amigo dos dois", frisou.