Rui Rocha garante que tem energia "para este mandato e muitos mais"

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, assegurou hoje ter energia "para este mandato e muitos mais" à frente do partido e descartou a hipótese de ser candidato a Presidente da República, bem como de João Cotrim Figueiredo.

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Lusa
20/12/2024 18:13 ‧ 20/12/2024 por Lusa

Política

Iniciativa Liberal

Em conferência de imprensa em Lisboa, Rui Rocha foi questionado se, caso seja reeleito líder da Iniciativa Liberal na próxima Convenção Nacional do partido, em 01 e 02 de fevereiro, descarta a possibilidade de se recandidatar daqui a dois anos.

 

"Era o que faltava", respondeu Rui Rocha, afirmando que não pretende limitar nenhum dos seus direitos de cidadão ou de membro da IL à partida e que a sua recandidatura atual "não exclui outras decisões a tomar no futuro".

"Olhando a energia que eu tenho agora, chega para este mandato e para muitos mais. Mas isso é uma questão que deverá ser avaliada no momento certo. Agora, trata-se da recandidatura, é disso que estamos a falar, mas não excluo nenhum cenário à frente", reforçou.

Sobre as próximas eleições parlamentares, previstas para 2028, caso não haja dissolução da Assembleia da República antes - Rui Rocha assumiu que tem vontade "de fazer mais umas legislativas".

"Tenho mesmo essa vontade, é algo que me desafia, é algo que eu acho que vai ser muito importante para o partido", disse.

Nesta conferência de imprensa, Rui Rocha abordou ainda a posição do partido quanro às eleições presidenciais de 2026, reiterando que a IL não se revê em qualquer das personalidades que tem sido apontada.

"Portanto, ou alguém que ainda não apareceu manifesta a vontade pessoal de avançar e corresponde a uma ideia de visão liberal, ou então a IL apresentará [um candidato], no sentido de que apoiará uma candidatura de um membro seu à Presidência da República", afirmou.

Sobre se ele próprio poderia ser o candidato da IL a essas eleições, Rui Rocha afastou desde logo essa ideia e referiu que o ex-líder e atual eurodeputado João Cotrim Figueiredo também não será candidato.

"Eu próprio porque decidi que não, não quero, e o João Cotrim Figueiredo [não será] porque a IL tem uma característica que é apresentar caras novas em diferentes eleições", disse.

Sobre as personalidades que são atualmente apontadas para as presidenciais, o líder da IL considerou indesejável que alguns, atualmente em funções públicas, as possam "usar para fomentar a sua candidatura", defendendo que deveriam renunciar às suas funções atuais e assumirem que tencionam correr a Belém.

Relativamente às autárquicas, Rui Rocha afirmou que o partido estabeleceu o objetivo de crescer nessas eleições - nas últimas, teve 1,30% -, mas não quis estabelecer desde já um meta fixa, referindo que a irá apresentar na moção estratégica com que se irá candidatar à liderança da IL.

"Mas é com esse propósito que eu me apresento também a esta reeleição: fazer crescer a IL em todas as eleições", disse.

O líder da IL referiu ainda que, nas autárquicas, o partido só se coligará em casos excecionais, consoante três critérios: que a solução seja "de confiança", "vencedora" e "transformadora no sentido liberalizante da vida das pessoas".

Rui Rocha não rejeitou uma eventual coligação pré-eleitoral com Carlos Moedas, mas afirmou que, a acontecer, terá de ser "para fazer diferente", e referiu que o mesmo se aplica ao Governo da Aliança Democrática (AD).

"Neste momento, a AD está no poder. Se for para ser igual àquilo que foi executado até agora e que vai ser executado, então nós não vamos lá fazer nada", afirmou, acrescentando que está "absolutamente convencido" que, em próximas eleições legislativas, a IL deverá apresentar "no seu modo natural".

"Ou seja, com as suas ideias e as suas propostas, porque a IL tem de ganhar mais dimensão eleitoral para ter mais capacidade de influenciar as políticas", disse.

Leia Também: Rui Rocha exige esclarecimentos sobre novo aeroporto ao Governo

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