Começando por referir que parece que se vive "num mundo ao contrário", Alberto Fonseca apontou o caso "dos autoproclamados combatentes da bandidagem a serem acusados de crime", fase em que foi interrompido pelos protestos vindos da bancada do Chega.
O deputado social-democrata insistiu, provocando um forte burburinho que obrigou Diogo Pacheco Amorim (vice-presidente da Assembleia da República eleito pelo Chega e que presidia aos trabalhos) a intervir, pedindo aos deputados que não se insultassem e chegando mesmo a ameaçar interromper os trabalhos.
Após várias interrupções, Alberto Fonseca acabou por terminar a intervenção, aludindo também aos "radicais defensores feministas e defensores dos direitos laborais a serem acusados de atropelar direitos das mulheres e trabalhadores", numa alusão, também indireta, a notícias da revista Sábado sobre alegados despedimentos de cinco trabalhadoras do Bloco de Esquerda, que tinham sido mães há pouco tempo, entre os anos de 2022 e 2024.
Este artigo, refira-se, já motivou uma queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) pelo Bloco da Esquerda.
Os ânimos voltariam a exaltar-se quando o líder da bancada parlamentar do Chega, Pedro Pinto, pediu para ser distribuído por todos os deputados um documento de várias páginas que disse, mostra que há "191 políticos a braços com a justiça", incluindo, enumerou, um ex-primeiro-ministro, vários ex-governantes e algumas dezenas de deputados.
"Connosco quem corrompe não se senta nesta bancada", disse Pedro Pinto.
O deputado do Chega Miguel Arruda comunica hoje ao líder do partido que passa a deputado não inscrito [independente], após ser acusado de furto de malas no aeroporto de Lisboa, segundo disse à Lusa fonte próxima do parlamentar.
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