Rocha recusa que sucesso nas autárquicas dependa de conquista de câmaras

O líder da IL, Rui Rocha, candidato à reeleição, tenciona apresentar candidatos próprios em cerca de 90 municípios nas próximas autárquicas mas recusa que o sucesso do partido dependa da conquista de câmaras municipais.

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© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Lusa
23/01/2025 10:31 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

IL/Convenção

"Eu não faço depender o sucesso da IL nestas autárquicas dessa circunstância [conquistar câmaras municipais]. Eu creio que há muitas formas de afirmar a IL nestas eleições autárquicas. O partido, porque tem feito um crescimento consistente, sólido, tem tempo e, portanto, o tempo trará esse nível de sucesso", afirmou Rui Rocha em entrevista à agência Lusa no âmbito da IX Convenção Nacional da IL, que se realiza entre 01 e 02 de fevereiro em Loures.

 

Rui Rocha recusou estabelecer qualquer meta para as autárquicas, que se realizarão no próximo outono, salientando apenas que quer que o partido cresça, e disse que, apesar de, na sua moção estratégica, falar na necessidade de "criar verdadeiros laboratórios de governação que possam servir de exemplo para todo o país", isso não passa necessariamente pela conquista de autarquias.

"Isso tem a ver com a capacidade, por via dos núcleos da IL, de, interpretando as circunstâncias concretas de cada município, apresentar políticas que sejam políticas liberais na sua consistência, mas sejam também políticas adaptadas às circunstâncias", referiu.

Depois de, nas autárquicas de 2021, a IL ter concorrido em 53 municípios - 47 sozinha e seis em coligação -, Rui Rocha afirmou que, desde então, "o partido cresceu em número de militantes, de membros e também no número de núcleos", pelo que irá a votos em mais autarquias.

"Nós, neste momento, temos cerca de 90 núcleos da IL em todo o país. E, portanto, essa é a base que ditará o número de municípios em todo o país", afirmou, indicando que o número ainda não está fechado e que deverá haver locais onde a IL tem núcleo mas não irá apresentar candidatos e outros onde acontecerá o contrário.

Questionado se, nesses cerca de 90 núcleos, a tendência será a IL apresentar-se sozinha, Rui Rocha respondeu: "Esse é o desafio que eu tenho feito ao partido".

"Tal como acontece em todas as outras eleições, o trabalho feito nesta Comissão Executiva permite termos agora autonomia financeira, política e estratégica para nos apresentarmos a todas as eleições sozinhos. Portanto, algum tipo de entendimento será sempre excecional e não por regra", referiu.

Interrogado se não teme que o caso de Tiago Mayan Gonçalves - o único presidente de uma junta de freguesia que era militante da IL e que se demitiu após ter sido revelado que tinha falsificado assinaturas - possa afetar a prestação autárquica da IL, Rui Rocha disse estar "absolutamente convencido que não".

"Obviamente é indesejável que estas questões aconteçam, mas eu creio que, na avaliação dos eleitores, é muito importante como é o que o partido se posiciona relativamente a casos como esse quando eles surgem e o presidente do partido teve uma posição absolutamente inquestionável de condenação veemente de comportamentos como este", frisou.

Num balanço dos seus dois anos à frente da IL, Rui Rocha disse considerar que o seu mandato foi "orientado pela responsabilidade, pelo trabalho e pela coragem" e manifestou-se convicto de que irá conseguir alargar o universo de militantes que irão votar nele, depois de em 2023 ter sido eleito com 51,7% dos votos.

Apesar de os seus dois adversários na disputa pela liderança da IL há dois anos - Carla Castro e José Cardoso - terem abandonado o partido desde então, Rui Rocha recusou que isso possa indiciar falta de democracia interna ou de espaço para pessoas com pontos de vista diferentes.

"Vamos falar com números: a IL, entre janeiro de 2023, data da convenção, e este momento, cresceu 20%. Portanto, aquilo que este mandato mostra é a capacidade de atrair mais liberais, de os trazer para a IL e, agora, de lançar quadros", disse.

Leia Também: Rui Rocha quer aumentar número de deputados e ir sozinho a legislativas

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