Taxas de juro? Aumento "era expectável" e "tem consequências graves"

Manuela Ferreira Leite defende que sejam tomadas políticas que "tentem" colmatar esta "realidade".

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Notícias ao Minuto
01/06/2023 23:28 ‧ 01/06/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Ferreira Leite

A antiga líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, considerou, esta quinta-feira, que um novo aumento das taxas de juro, que deverá acontecer já este mês, "era expectável", defendendo que se "sigam políticas que tentem colmatar" aquela que é uma realidade com a qual os cidadãos vão ter de "conviver".

Em declarações na CNN Portugal, Manuela Ferreira Leite comentava o facto de a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ter afirmado hoje que a instituição deve aumentar ainda mais as taxas de juros porque a inflação está muito alta.

"A partir do momento em que se entrou num sistema inflacionista, que não decorre apenas da situação de guerra que está na Europa, era algo que era expectável que viesse a acontecer, depois da política que o BCE decidiu para controlar as dívidas dos países, portanto, era normal que isto acontecesse", declarou.

"E, ao acontecer, evidentemente que tem consequências graves para muitas das pessoas, que não têm os aumentos correspondentes de vencimentos", notou.

Segundo a antiga líder social-democrata, a situação "tem um benefício tremendo para o Estado, porque tem receitas que nunca pensou que poderia vir a ter".

Desta forma, Ferreira Leite defende que é necessário seguir políticas que ajudem a combater "esta realidade". "É com esta realidade que vamos ter de conviver e, aquilo que se espera, é que se sigam políticas que tentem colmatar estes aspetos e combatê-los", rematou.

Recorde-se que o BCE começou a aumentar suas taxas de juros em julho do ano passado e, desde então, já as elevou sete vezes consecutivas até ao nível atual de 3,75%.

Lagarde afirmou que o limite máximo até ao qual o BCE irá aumentar as suas taxas de juro dependerá da sua avaliação dos dados económicos, que são as perspetivas de inflação, a tendência da inflação subjacente e a força com que a política monetária é transmitida.

Leia Também: Inflação no "bom caminho", mas BCE deve aumentar mais as taxas de juro

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