IL considera insistência em manter Galamba "completamente despropositada"

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, considerou hoje, em Pombal, que a insistência do primeiro-ministro em manter o ministro das Infraestruturas, João Galamba, no Governo é "completamente despropositada e incompreensível".

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Lusa
11/06/2023 11:41 ‧ 11/06/2023 por Lusa

Política

Rui Rocha

"Creio que há manifestamente esse traço de obstinação e de insistência. Tenho falado muitas vezes destes vários ramos, do próprio Governo, que já não contribui com nada de positivo para o país. Mas é óbvio, por exemplo, que a insistência num ministro, como João Galamba, é completamente despropositada e incompreensível", afirmou Rui Rocha, após um encontro com o presidente dos Bombeiros Voluntários de Pombal, no distrito de Leiria.

O líder da IL reiterou que João Galamba "até já apresentou a sua demissão, portanto, nem custa muito fazer a carta".

"Sei que João Galamba não tinha, por exemplo, o plano de reestruturação da TAP no seu computador, mas terá a carta que escreveu. Portanto, é só pegar nela, assiná-la novamente e enviá-la ao primeiro-ministro. Não é nada que demore muito tempo, seguramente. Não estará no computador de Frederico Pinheiro [ex-adjunto de Galamba], estará no computador de João Galamba", sublinhou.

Rui Rocha acrescentou que esta será uma forma do ministro das Infraestruturas "resolver o seu próprio problema e o problema que o primeiro-ministro criou ao próprio João Galamba, porque o está a usar como instrumento de pressão e de desafio ao Presidente da República, é certo, mas também aos portugueses e, isso, é francamente intolerável".

O Presidente da República negou este sábado, ao final do dia, estar a referir-se a um "caso específico" quando no discurso das comemorações do Dia de Portugal disse ser preciso "cortar os ramos mortos", acrescentando que essa foi uma "mensagem de futuro".

"Não falava para nenhum caso específico, pontual, isso não falo", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Rui Rocha afirmou que também pode esclarecer as suas declarações de sábado, após o discurso do chefe de Estado: "de facto, estava-me a referir a ramos concretos e os ramos concretos são vários ministros deste Governo, entre os quais João Galamba, mas não só".

"Temos uma árvore do Governo ressequida, com ramos que já estão muito degradados e, portanto, assumo e reitero aquilo que disse: há mesmo muitos ramos que estão a prejudicar o país. Aquilo de que precisamos é mesmo de uma árvore nova para dar outra esperança e outra confiança aos portugueses, que este governo manifestamente já não está em condições de fazer", insistiu.

Leia Também: "Mais do que a poda", Portugal precisa de "uma árvore nova"

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