Temido candidata-se a PS Lisboa, sem fechar porta a "desafio autárquico"
Ex-ministra apresentou hoje a moção 'A Lisboa que queremos', de candidatura à liderança da concelhia socialista.
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Política PS Lisboa
Marta Temido apresentou, na tarde desta quinta-feira, a moção 'A Lisboa que queremos', que está na base da sua candidatura à presidência da concelhia de Lisboa do Partido Socialista (PS).
Segundo dá conta o documento da moção, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a socialista compromete-se, com esta candidatura, a "revitalizar a participação interna" do partido "para enfrentar melhor o próximo desafio autárquico", previsto para 2025.
Isto apesar de, em declarações proferidas aos órgãos de comunicação social presentes esta quinta-feira na sede nacional do PS, no Largo do Rato, ter dito que não é "o tempo certo" para falar sobre uma futura candidatura em nome próprio à Câmara Municipal de Lisboa. "Não estamos aqui a lançar uma candidatura à Câmara de Lisboa. Estamos aqui, apenas e só, a apresentar a nossa orientação política para a concelhia de Lisboa do PS", asseverou a socialista, ainda que não tenha afastado totalmente essa possibilidade.
Em causa está uma moção, pode ler-se na proposta apresentada aos socialistas, que "nasce da vontade reunida em torno de um projeto político que se quer construído com a participação de todos" e que é "fundada nos anseios dos militantes".
Marta Temido compromete-se ainda, com o apoio dos "militantes" e "eleitos", a "nível municipal e de freguesia", a "continuar o que de bem foi feito e para modificar o que precisa de ser corrigido".
Olhando para o projeto para a cidade, a moção que tem Marta Temido como a primeira subscritora versa sobre "três áreas centrais para a vida das pessoas". São elas: "Qualidade de Vida, Habitação e Mobilidade".
Na primeira vertente, Marta Temido defende a necessidade de novas "apostas na saúde e na educação", mas também na cultura, no desporto e no "bem-estar animal". A candidata à concelhia socialista pretende ainda olhar para "uma realidade demográfica que acentua o aumento da população sénior" e, ainda, para o "fenómeno complexo" da população sem-abrigo, ao mesmo que se compromete a trabalhar para ajudar Lisboa a afirmar-se "como uma capital global, inovadora, inteligente e sustentável".
A Habitação apresenta-se ainda como uma das prioridades deste projeto político da socialista, enquanto "um dos maiores problemas que os lisboetas enfrentam" e que deve, por isso, "ser prioridade nas políticas municipais". Temido defende, assim, que é preciso "travar a evolução perversa" que se tem registado em tempos recentes no mercado habitacional - através do reforço da "oferta pública de habitação", da diversificação das "respostas para que as camadas mais jovens possam encontrar soluções habitacionais acessíveis", e de reforço nas "políticas de apoio aos grupos mais vulneráveis", entre outras medidas.
Já no âmbito da Mobilidade, a moção argumenta que é este é um ponto "central na liberdade de circulação dos lisboetas" e, além disso, "instrumental para a promoção da igualdade, da sustentabilidade e do posicionamento de Lisboa na liderança do combate às alterações climáticas", pelo que se posiciona a favor de uma maior aposta em "mais e melhor transporte público", em "soluções de estacionamento para residentes" e "liberdade de escolha" para os residentes.
Consulte aqui na íntegra, a moção 'A Lisboa que queremos'
Recorde-se que as eleições intercalares para a liderança da concelhia do PS de Lisboa decorrem já no próximo dia 7 de julho.
A ex-ministra da Saúde tinha assumido interinamente, em fevereiro, a presidência da concelhia lisboeta do PS, após o então líder, Davide Amado, ter-se demitido. Isto após ter sido noticiado que o então líder tinha sido acusado pelo Ministério Público pelos crimes de participação económica em negócio e abuso de poder.
Pelo facto de a antiga governante ser, à data, a número dois da lista à concelhia socialista, assumiu as 'rédeas' da mesma até haver novas eleições, que agora se aproximam a passos largos. Importa notar que Marta Temido concorre, agora, sozinha à liderança do PS de Lisboa, para um mandato de dois anos - até setembro de 2025, ou seja, até à data das próximas eleições autárquicas.
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