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"Os utentes precisam de soluções e não estar ao frio e à chuva"

O presidente da Iniciativa Liberal propôs um trabalho conjunto entre o setor público e o setor privado para resolver os problemas do país na área da saúde.

"Os utentes precisam de soluções e não estar ao frio e à chuva"
Notícias ao Minuto

08:27 - 03/07/23 por José Miguel Pires com Lusa

Política Saúde

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) defendeu esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas desde o Centro de Saúde de Algueirão - Mem Martins, que os setores público e privado devem trabalhar em conjunto para resolver os problemas da população neste setor.

"Se é público ou privado isso não importa aos utentes, os utentes precisam de soluções e não estar ao frio e à chuva no inverno à porta de um centro de saúde. Não interessa se o médico é do setor privado ou público, o que interessa é que tenham um médico de família", disse Rui Rocha, promovendo a proposta de Lei de Bases da Saúde que o partido defende.

O líder liberal considerou ainda "inadmissível" que os utentes tenham de esperar em "condições degradantes", no inverno, ao frio e à chuva à porta deste estabelecimento, e ao sol durante o verão, pelas consultas de que precisam. "As pessoas não encontram soluções para os seus problemas. António Costa prometeu que em 2017 todos os portugueses teriam médicos de família. Estamos em 2023, em julho, e há 1.800.000 portugueses sem médicos de família", atacou ainda.

"Há alguma falta de empatia e crueldade, porque estas pessoas, se fosse inverno, tinham de estar ao frio e à chuva, agora vão ter de estar ao sol. Nem sequer lhes abrem um bocado mais cedo o centro de saúde", lamentou ainda Rui Rocha, admitindo que algo já mudou, entretanto, desde a sua última visita, em maio, no que toca aos sistemas de acesso às consultas.

Questionado se considera que o Governo está sensível a situações como esta, Rui Rocha respondeu: "O senhor ministro Pizarro é uma pessoa que encara estas questões com uma leviandade surpreendente e, penso eu, não condizente com as suas responsabilidades de governante".

"O ministro Pizarro é de facto uma pessoa simpática, que faz umas piadas, diverte-se, dá umas gargalhadas, mas não é nada de muito divertido ter estas pessoas aqui com estas condições, desde as 04:15, que é a hora a que chegou o primeiro utente", disse.

Rui Rocha defendeu que é preciso "reconhecer que há um problema" e, depois, "ser sério no seu tratamento e não ter enviesamentos ideológicos".

"Não vale a pena dizer que os privados não podem fazer parte da solução porque, depois, não há solução. Portanto, mais vale reconhecer que há um problema, abrir a porta a quem pode contribuir para solucionar esse problema e obviamente servir melhor os cidadãos", sustentou.

O líder da IL salientou que "é uma evidência que o SNS é uma peça importante do sistema nacional de saúde, mas é uma peça insuficiente".

"Aqui estamos nós a comprovar e a ver que o é. Temos a questão do encerramento das urgências, das questões de obstetrícia, das listas de espera... É uma evidência que o SNS não presta, neste momento, o serviço adequado", defendeu.

Abordando assim o encerramento dos blocos de parto do hospital de Santa Maria, em Lisboa, Rui Rocha disse concordar que se recorra às maternidades privadas para resolver a situação.

"O que lamentamos é que tenha de ser perante já o sistema a implodir que se chega a esse tipo de conclusões. É preciso mudar de facto a abordagem", disse.

[Notícia atualizada às 10h56]

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