Momentos antes de esta posição ser transmitida pela bancada do PS, o líder do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, tinha lamentado que os socialistas se tivessem oposto esta manhã, em reunião da conferência de lideres, à presença de Christine Lagarde em plenário da Assembleia da República.
Perante este obstáculo, como alternativa, o presidente da bancada do Bloco de Esquerda anunciou que iria chamar a presidente do BCE à Comissão de Orçamento e Finanças com caráter de urgência.
No entanto, fonte oficial do PS procurou, desde já, travar esperanças em relação a uma eventual viabilização dessa iniciativa dos bloquistas e, por outro lado, emendar a ideia transmitida pela porta-voz da conferência de líderes, a socialista Maria da Luz Rosinha, de que havia abertura para se ponderar mais tarde a presença da presidente do BCE em sede de comissão.
"Não escrutinamos instituições europeias. Não é essa a forma de nos relacionarmos com as instituições europeias", justificou à agência Lusa a mesma fonte do PS, que ainda acrescentou: "Se a questão se colocar em relação à presença de Lagarde na Comissão de Orçamento e Finanças, votaremos contra".
De acordo com a versão do PS, hoje, em conferência de líderes, foi o PSD quem terá aberto a porta à possibilidade de a presidente do BCE ser ouvida em Comissão de Orçamento e Finanças.
Em relação ao posicionamento de cada bancada na reunião da conferência de líderes desta manhã, Pedro Filipe Soares adiantou que também a Iniciativa Liberal e o Chega se manifestaram contra um convite do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, à líder do BCE, Christine Lagarde, para estar presente em plenário.
"E o PCP, embora usando argumentos não similares, também se opôs ao pedido do Bloco de Esquerda", acrescentou.
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