O que dizem os políticos portugueses sobre as eleições espanholas?

O presidente do PS felicitou o líder do Partido Socialista espanhol, Luís Montenegro saudou o líder do Partido Popular e Mariana Mortágua felicitou Yolanda Diaz. Saiba o que dizem os políticos portugueses sobre estas eleições em aberto.

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Marta Amorim
24/07/2023 09:56 ‧ 24/07/2023 por Marta Amorim

Política

Eleições Espanha

As eleições legislativas de domingo em Espanha terminaram sem maiorias absolutas à Esquerda ou à Direita, deixando em aberto quem liderará o próximo governo. 

Em Portugal, somam-se as reações. 

O presidente do PS felicitou o líder do Partido Socialista espanhol e considerou que Pedro Sánchez "poderá continuar como presidente do governo de Espanha."

"Caberá ao PSOE, certamente, renovar uma coligação, agora com o SUMAR, bem como os acordos parlamentares necessários, o que implicará uma muito complexa, mas também muito provável bem sucedida negociação", escreveu Carlos César numa publicação na rede social Facebook. 

Em todo o caso, refere, defende uma "solução que estimule um processo bem articulado com as autonomias e que assegure um projeto político moderado de esquerda é a melhor solução para Espanha e uma boa solução para a Europa que deseja o aprofundamento da Democracia".

"O PP fica pelo caminho e a extrema- direita teve uma grande derrota e, apesar do PP ter tido pouco mais de um ponto percentual do que o PSOE, o PSOE também subiu em votos e em mandatos. As empresas de sondagens, claro, averbaram mais uma derrota", considerou por fim. 

O presidente do PSD, Luís Montenegro, saudou o líder do Partido Popular (PP) espanhol pela vitória, afirmando que "sopraram ventos de mudança" e que "a verdade eleitoral diz que os espanhóis querem um governo novo".

Recorrendo também ao Twitter, Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, felicitou Yolanda Diaz pelos resultados do Sumar e cumprimentou "todas as forças da esquerda transformadora que impediram hoje uma maioria de direita e impuseram uma derrota ao neofascismo no Estado espanhol".

Também Nuno Melo, presidente do CDS-PP, recorreu às redes sociais para expressar a sua opinião. 

"A democracia-cristã venceu em Espanha. Abre-se a porta a um governo de centro-direita, que poderá superar as feridas do radicalismo do governo do PSOE, aliado ao Podemos, herdeiros de etarras e outros independentistas, que dividiu profundamente a sociedade espanhola", escreveu na rede social Twitter. 

Felicitando o Partido Popular, deixou ainda o repto para que "os ventos de mudança possam chegar agora a Portugal". 


Por sua vez, o líder do Chega, André Ventura, comentou diretamente de Espanha, na sede nacional do Vox, em Madrid, onda estava ao lado de Santiago Abascal. 

"Não foi a noite que queríamos, mas não podia deixar de vir a Madrid. Seguimos juntos e vamos derrotar o socialismo, mais tarde ou mais cedo!", escreveu. 


 Também a líder do PAN, Inês de Sousa Real, reagiu aos resultados. Congratulou o Sumar e o facto de 70% dos eleitores espanhóis terem ido às urnas. Saudou também o PACMA "que apesar da dificuldade do sistema eleitoral espanhol para eleger, se apresentaram a eleições". 

O PP, com 136 deputados, e o VOX, com 33, só conseguiram somar 169 deputados no parlamento, ficando a sete dos 176 necessários para a maioria absoluta.

O partido socialista (PSOE), que lidera o governo atual, foi o segundo mais votado e elegeu 122 deputados, que com os 31 da plataforma de extrema-esquerda Somar totalizam 153 lugares.

No entanto, PSOE e Somar poderão ter mais lugares no parlamento do que a direita e a extrema-direita por causa dos deputados eleitos pelos partidos regionais que tiveram como aliados na última legislatura.

Segundo as contas dos meios de comunicação social espanhóis, o PP, o VOX e outros partidos que em 2019 votaram contra a investidura do atual Governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez têm agora 171 deputados, enquanto o bloco que viabilizou o executivo tem 172.

Leia Também: Espanha. Presidente do Partido Popular Europeu felicitou Nuñes Feijóo

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