Prejuízos "superiores à Altice". Rio pede conclusões sobre Novo Banco

O ex-dirigente do PSD argumentou que em causa estão encargos que foram "pagos por todos nós".

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Ema Gil Pires com Lusa
26/07/2023 08:30 ‧ 26/07/2023 por Ema Gil Pires com Lusa

Política

Rui Rio

O antigo presidente do PSD, Rui Rio, disse aguardar "para breve as conclusões das investigações às vendas que o Novo Banco fez com prejuízos bem superiores aos da Altice, pagos por todos nós".

A observação foi feita numa publicação na rede social Twitter, na "sequência da exposição" que referiu ter feito "há mais de 2 anos à PGR [Procuradoria-Geral da República]".

E acrescentou, sobre o tema: "Como as intervenções na AR [Assembleia da República] pareciam não chegar, enviei carta não anónima".

O comentário de Rui Rio surge na sequência da 'Operação Picoas', desencadeada em 13 de julho e que levou já a três detenções, entre as quais a do cofundador da Altice, Armando Pereira. A mesma conduziu a cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e a instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público. Hernâni Vaz Antunes foi o quarto arguido a ser detido, mas tal ocorreu no dia 15, após entregar-se às autoridades.

Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT).

Em causa, alegadamente, está uma "viciação do processo decisório do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência", que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva.

As autoridades consideram que, a nível fiscal, o Estado terá sido defraudado numa verba "superior a 100 milhões de euros".

Em 2 de junho de 2015, a Altice concluiu a compra da PT Portugal.

Leia Também: PSD? Após falar em "crime público", PAR sublinha autonomia do MP

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