Ana Gomes não confirmou, este domingo, no seu espaço de comentário semanal na SIC Notícias, se será novamente candidata às eleições presidenciais em 2026, tal como algumas vozes já vieram sugerir.
Para a socialista, este "é um debate fora do tempo", que não quer alimentar para já.
"Acho que é uma distração, acho que neste momento o que importa é discutir as questões da governação, as questões que preocupam os portugueses que estão a regressar de férias - aqueles que puderam ir de férias, os que tiveram dinheiro para sair de casa, os que têm casa - e que estão muito preocupados com a situação e é aí que eu acho que devem incidir as nossas discussões", realçou, lembrando que, "ainda por cima neste momento o Governo está a preparar o Orçamento para o próximo ano e vai haver uma reunião de Conselho de Estado, aquela que se completará porque o primeiro-ministro saiu para ir ao futebol do outro lado do mundo".
Ainda sobre o mesmo assunto, Ana Gomes recordou que há ainda outras eleições a decorrer antes de os portugueses decidirem quem vai ser o próximo Presidente da República.
"Estamos a dois anos e meio das eleições presidenciais e antes disso ainda vamos ter eleições na Madeira, nos Açores, vamos ter as Europeias no próximo ano, as autárquicas e se calhar ainda vamos ter até legislativas ainda antes das eleições presidenciais, portanto, não vou dar para esse peditório", atirou.
Para Ana Gomes importa agora "é discutir a economia, sobre a qual há apreensão porque o principal motor da Europa, a Alemanha está em estagnação e inflação".
"Tudo indica que o BCE vai voltar a agravar as condições para os portugueses com uma nova subida da taxa de juro e estamos nesta situação porque não houve grandes medidas de fundo. A grande aposta foi o turismo e o imobiliário, o turismo que não dá grande perspetiva de crescimento e os fundos europeus, que deviam estar a ser a base do investimento público que o Governo tem para fazer, não estão a ser desembolsados a um ritmo adequado", atirou.
Recorde-se que vários nomes, como o social-democrata Luís Marques Mendes e o presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva, já admitiram avançar com uma candidatura às presidenciais.
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