"Vamos ser uma alternativa ao atual estado de coisas, vamos lutar afincadamente e profundamente contra esta brutal carga de impostos. Vamos defender os interesses dos madeirenses, defender uma autonomia melhor mais atuante, mas eficaz, que proporcione mais desenvolvimento", afirmou Nuno Morna.
O candidato da IL falava aos jornalistas na Avenida Arriaga, junto à estátua de João Gonçalves Zarco, antes de iniciar uma arruada pelo centro do Funchal.
Apesar de defender que "balanços só no final do jogo", Nuno Morna salientou que o balanço que faz até agora desta campanha eleitoral, que termina na sexta-feira, é "positivíssimo", indicando que sente na rua o crescimento do partido.
"As pessoas vêm falar connosco, as pessoas abrem-se, falam dos seus problemas e tudo que isto que nós falamos da questão do não podermos ser uma terra de salários mínimos, em que os madeirenses têm direito ao mesmo nível de vida daqueles que nos visitam, em que queremos acabar com a brutal carga de impostos, são coisas que os madeirenses nos dizem todos os dias", sustentou.
Nuno Morna, coordenador do partido na região, acusou também outros candidatos de tentarem passar o mesmo tipo de mensagens e revindicações que a IL, mas considerou que não têm a mesma "convicção".
Questionado se considera que o último dia de campanha se poderá tornar num debate político nacional tendo em conta a presença de vários líderes partidários, o candidato da Iniciativa Liberal respondeu que isso depende também da comunicação social.
"Porque se vocês puxarem isso mais para frente do que aquilo que interessa verdadeiramente, que é discutir e falar das questões que preocupam os madeirenses, será assim. Se não for assim, vamos continuar a falar dos líderes nacionais, vamos continuar a falar das sondagens, vamos continuar a falar daquilo que é acessório quando o que é essencial e o que é importante é baixar impostos, reduzir as lista de espera, combater a corrupção e ter uma autonomia mais eficaz", reforçou.
As legislativas da Madeira decorrem no domingo com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).
A Iniciativa Liberal concorreu pela primeira vez a eleições regionais da Madeira em 2019, não tendo conquistado qualquer mandato. O partido estabeleceu agora como objetivo eleger dois deputados.
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