IL insiste na necessidade de haver um governo estável na Madeira

O cabeça de lista da Iniciativa Liberal às eleições antecipadas da Madeira, Gonçalo Maia Camelo, defendeu hoje que a estabilidade na região passa por um governo sem o atual chefe do executivo e líder social-democrata, Miguel Albuquerque.

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© Reprodução Facebook Iniciativa Liberal Madeira

Lusa
15/03/2025 13:58 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Madeira

"Isto não é uma questão pessoal, eu não tenho nada de pessoal contra o Dr. Miguel Albuquerque, até tenho estima pessoal por ele", explicou, para logo esclarecer que se trata de "uma questão objetiva".

 

Gonçalo Maia Camelo falava aos jornalistas no âmbito de uma ação de campanha da candidatura da IL no Mercado dos Lavradores, no centro do Funchal, na qual participou o líder nacional do partido, Rui Rocha.

"Nós temos insistido na necessidade de termos um governo estável e um governo credível e com condições de governabilidade", disse, considerando que esta é também a vontade da população madeirense, pelo que o partido está disponível para apoiar soluções de centro-direita, mas sem Miguel Albuquerque.

"Se os anteriores dois governos [do PSD] falharam, se insistirmos no mesmo modelo, na mesma receita, este novo governo também irá falhar seguramente", avisou, para logo reforçar: "A solução passa pelo Dr. Miguel Albuquerque e o PSD encontrarem uma alternativa para uma eventual liderança do governo".

Pouco antes, Rui Rocha tinha defendido a mesma posição, afirmando que o partido está disponível para viabilizar um governo do PSD na Madeira, mas sem o atual presidente.

O líder da Iniciativa Liberal acompanhou depois os candidatos num percurso pelo Mercado dos Lavradores, um dos locais mais icónicos da capital madeirense, onde falou com comerciantes, residentes e turistas, e bebeu poncha.

"É para ganhar entusiasmo para a campanha", disse, realçando: "Também temos de atender ao entusiasmo e à boa disposição".

Rui Rocha está na Madeira desde sexta-feira e vai permanecer na ilha até domingo.

A campanha da IL tem consistido em reuniões com representantes de vários setores e contactos direitos com a população.

"O que nós notamos e sentimos é que as pessoas estão absolutamente cansadas e fartas de eleições e, portanto, quando se aperceberam que vão existir mais umas eleições, nomeadamente legislativas nacionais, a seguir a estas, esse cansaço aumentou e até se começou a manifestar de forma mais forte", disse Gonçalo Maia Camelo.

O cabeça de lista da IL insiste, por isso, na necessidade de se constituir um governo estável na região autónoma.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Leia Também: CDS-PP pede "investimento vultuoso" no apoio aos idosos na Madeira

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