Em, declarações após ter participado na tribuna pública que decorreu no largo da Estação de Campanhã, no Porto, que decorreu sob o tema "Tomar a iniciativa: defender e valorizar os serviços públicos", o dirigente comunista comentou o início das conversações entre o Governo e os parceiros sociais na área da habitação.
"O que o PCP gostava que saísse era a sua proposta", respondeu Paulo Raimundo, lembrando que propuseram "um aumento máximo de 0,43%, ao nível de 2020".
E prosseguiu: "sinceramente não sei qual o caminho que o Governo vai seguir, mas era preciso que o Governo desse um sinal (...) isto está muito complicado, muito grave, e cada um sabe de si, está tudo a rebentar pelas costuras e era preciso que fosse dado um sinal importante nesse sentido, fixando o aumento, no máximo, em 0,43%".
"Nós não confundimos pequenos proprietários com fundos imobiliários, não é nada disso, mas são esses fundos que estão a tomar conta das cidades e a encher-se à grande e à francesa à conta da especulação das rendas", acrescentou.
Antes, na sua longa intervenção, o dirigente comunista referiu que "os serviços públicos estão sob ataque concertado e articulado com vista ao seu desmantelamento e uma, ainda maior, transferência de meios, serviços e recursos para os grupos económicos".
"Se fossem necessários mais exemplos para comprovar o que estamos a dizer, aí está o assalto às carteiras de cada um de nós e a acentuada transferência para a banca de milhões e milhões de euros, com o aumento das taxas de juro", continuou o político, que acusou o Governo de reagir com "medidas insuficientes, limitadas e que chegam ao fim do décimo aumento consecutivo das taxas de juro pelo BCE {Banco Central Europeu].
Mantendo o ímpeto crítico, Paulo Raimundo acusou o Governo de não ter "nem uma medida, nem sequer uma aproximação disso que belisque os 11 milhões de euros de lucros por dia [da banca]".
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