Menezes avisa Montenegro que tem que "recuperar" eleitorado da IL e Chega

O ex-presidente do PSD Luis Filipe Menezes avisou hoje Luís Montenegro que tem que "se preocupar em recuperar substancialmente" o eleitorado que vota Iniciativa Liberal e Chega ou "será muito difícil" aquele partido ser novamente Governo.

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Lusa
26/09/2023 00:02 ‧ 26/09/2023 por Lusa

Política

PSD

Em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, à margem de uma sessão do Clube dos Pensadores, o ex-líder do PSD considerou que o primeiro-ministro "merece nota máxima" como "politicão" porque tem sabido gerir as "muitas polemicas" à volta do executivo, mas que a continuidade do PS no Governo também se deve à falta de uma alternativa.

"[Luís Montenegro] tem que se preocupar com uma realidade, enquanto não recuperar substancialmente o eleitorado que hoje vota na Iniciativa Liberal (IL) e no Chega será muito difícil chegar à liderança de uma maioria que possa permitir-lhe ser Governo", afirmou Menezes quando questionado sobre que conselhos daria ao atual presidente do PSD.

Para o também ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, "o Dr. Montenegro tem que pensar como deve, em primeiro lugar, fazer oposição ao PS e denunciar aquilo que de errado o PS vai fazendo".

"De uma forma ou de outra, aqui ou acolá, nem sempre de uma forma que é como eu gostaria, penso que tem cumprido esse papel, mais ou menos", considerou.

Meneses avisou, por isso, que Luís Montenegro deve prestar atenção nos eleitores que votam IL e Chega: "Esses votantes na IL e no Chega, a maioria deles foram votantes no PSD e no CDS, portanto é uma questão de os tentar reidentificar com o partido, muitos deles são jovens, penso que há uma parte da juventude significativa que vota IL, é preciso encontrar um discurso que os agarre, que os entusiasme e os mobilize", disse.

"É o grande desafio para qualquer líder do PSD durante os próximos dois nãos até às eleições legislativas", salientou.

Luis Filipe Meneses considerou ainda que se houvesse uma alternativa à direita ao PS que desse garantias de estabilidade, a ação do Presidente da República seria outra, embora reconheça a habilidade do atual primeiro-ministro para gerir crises.

"Eu confesso que eu acho que o PS, nomeadamente o primeiro-ministro, tem gerido bem essas polémicas [relacionadas com o Governo]. Como politico, politicão, merece nota máxima porque realmente foram muitas polémicas, foram muitos os problemas, muitas das circunstâncias no passado fizeram cair Governos, se calhar por muito menos, só que não houve a habilidade de quem governava na altura de gerir essas circunstâncias como Doutor António Costa tem gerido", analisou.

No entanto, Menezes salientou que as opções de Marcelo Rebelo de Sousa têm sido limitadas: "Mas o que tem condicionado muito a intervenção do Presidente da República é ele não estar crente de que se tomasse a medida de dissolver a Assembleia e convocar eleições antecipadas, que surgisse um cenário alternativo e, nesse caso, quem ficaria em causa era o próprio Presidente e então teríamos uma crise de regime", explicou.

"Quando se aponta ao Presidente as armas porque ele não dissolve, eu acho que o culpado não é o Presidente, é quem não consegue convencer o Presidente de que os portugueses iriam construir de facto uma alternativa", defendeu.

Leia Também: CDS admite acordo com PAN e IL porque estão "próximos ideologicamente"

 

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