PCP diz que acordo de rendimentos "esbarra na realidade"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou hoje que o acordo de rendimentos assinado no sábado entre Governo e parceiros sociais "esbarra na realidade" porque os aumentos salariais previstos ficam "muito longe" daquilo que as pessoas precisam.

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
08/10/2023 12:01 ‧ 08/10/2023 por Lusa

Política

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"Esse auto intitulado acordo de rendimentos esbarra, como já sabíamos, na realidade. E se dúvidas houvesse este contacto aqui na feira, em A-dos-Cunhados, demonstra isso mesmo, é mais uma prova disso mesmo", disse aos jornalistas Paulo Raimundo no final do contacto com a população que teve esta manhã concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa.

Segundo o líder comunista, aquilo que é preciso são "aumentos significativos de salários e aumentos significativos de pensões que façam diferença na vida das pessoas", sendo essa a exigência dos portugueses.

"Tudo aquilo que esse acordo de rendimentos pressupõe são aumentos, é um facto, mas muito longe daquilo que é necessário e sempre com contrapartidas para as empresas, que é sempre a mesma conversa", criticou.

Paulo Raimundo insistiu na proposta do PCP de "aumentos significativos" dos salários.

"Aumentos de 15%, no mínimo de 150 euros e um aumento do salário mínimo nacional que se fixe nos 910 euros num caminho que durante o ano de 2024 chegue aos mil euros. Isso é que responde às necessidades e é isso tipo de aumentos que pode fazer diferença na vida das pessoas", detalhou.

No sábado, o primeiro-ministro, António Costa, assinou com os parceiros sociais, à exceção de CGTP e CIP, um Reforço do Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade que eleva o valor do salário mínimo nacional para o próximo ano para os 820 euros.

Leia Também: OE2024: Despesa pública, habitação e investimento devem ser prioridades

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