Na segunda-feira, na primeira entrevista depois de anunciar à candidatura a líder do PS, Pedro Nuno Santos defendeu que um Governo PSD/IL já teria um projeto "suficientemente radical" sem o Chega.
"Aproveito para vos dizer, porque me está aqui atravessado, que se há radicalismo na política em Portugal, é o radicalismo daqueles que não querem ver que aquilo que em Portugal tem sido feito nos últimos 25 anos, sobretudo pelo PS, está a condenar o país à estagnação", disse Cotrim Figueiredo durante a conferência de imprensa da IL para apresentar as propostas de alterações ao Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
Para o deputado e ex-líder da IL, o PS é responsável pelo "radicalismo do imobilismo".
"Radicais são aqueles que acham que se pode continuar à mesma velocidade em relação ao abismo. Nós temos outro caminho", disse.
Numa entrevista à SIC na segunda-feira, Pedro Nuno Santos defendeu que "o projeto do PSD mais IL já é suficientemente radical" para gerar preocupação, "sem a muleta do Chega".
"A IL tem um projeto radicalmente liberal. Eu diria que um eventual Governo do PSD com a IL seria um Governo mais à direita do que o de Passos Coelho. Passos Coelho, apesar de tudo, não dependeu da IL. Isso terá consequências na governação, como é evidente", disse.
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