"O acordo do governo Sánchez viola o Estado de Direito", acusa Rangel

Paulo Rangel esteve presente, este sábado, numa manifestação contra a amnistia de independentistas catalães, em Madrid.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
18/11/2023 17:35 ‧ 18/11/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Paulo Rangel

O eurodeputado português do Partido Popular Europeu, Paulo Rangel, afirmou, este sábado, que o acordo de governo do partido espanhol PSOE, liderado por Pedro Sanchéz, com dois partidos catalães e que prevê a amnistia de independentistas, "viola o Estado de Direito e ataca a independência judicial".

"O acordo do governo Sánchez viola o Estado de Direito e ataca a independência judicial. É perigoso para a unidade de Espanha", acusou o político social-democrata na rede social X, no dia em que discursou numa manifestação contra a amnistia de independentistas catalães, em Madrid.

"No Parlamento Europeu e em toda a Europa temos de apoiar os espanhóis que lutam pelos valores da transição democrática!", acrescentou.

No seu discurso, Paulo Rangel destacou que "Espanha é um marco da democracia e do respeito pelos direitos em toda a Europa". "Não aceitamos que haja uma lei da amnistia que só é dada para comprar votos no parlamento. É uma linha que não se pode ultrapassar", atirou.

O Partido Popular Europeu pediu um debate sobre a situação do estado de direito em Espanha no Parlamento Europeu, que está agendado para a próxima semana, e Rangel prometeu, perante os espanhóis, que vai "apoiar os cidadãos a resistir".

A proposta de lei de amnistia foi entregue no parlamento na segunda-feira passada pelo PSOE e resulta de acordos com dois partidos catalães que em troca viabilizaram, na quinta-feira, um novo governo de esquerda em Espanha, liderado por Pedro Sánchez, na sequência das eleições legislativas de 23 de julho.

O PSOE defende que esta amnistia devolve um conflito político à esfera política e servirá para recuperar a convivência entre catalães e entre a Catalunha e o resto de Espanha depois da fratura de 2017.

Leia Também: Espanha. Oito partidos, um país dividido e um 'inimigo' dentro de casa

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