OE2024. Aprovado acolhimento de comunidade universitária de Israel e Gaza

A criação de programas para acolher e apoiar estudantes, investigadores e professores que venham de instituições de ensino superior de Israel, Faixa de Gaza e Cisjordânia foi hoje inscrita na proposta orçamental por sugestão do PAN.

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Lusa
24/11/2023 19:43 ‧ 24/11/2023 por Lusa

Política

OE2024

No segundo dia da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o PAN viu aprovada parte de uma proposta para criar estes programas, mas o envelope financeiro para os mesmos foi chumbado, uma vez que o ponto relativo à verba de 500.000 euros foi reprovado pelo PS e mereceu a abstenção de PCP, PSD, IL e Chega.

Fica assim determinado que o Governo, em articulação com as instituições do ensino superior portuguesas, vai promover "programas de acolhimento e apoio a estudantes, investigadores e docentes, provenientes de instituições de ensino superior de Israel, da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, promovendo a solidariedade e a sua inclusão em contexto académico".

A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 49.º dia e ameaça alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza cerca de 15.000 mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 200 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos.

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