Discursando num almoço-comício com apoiantes da sua candidatura, Carneiro prometeu um PS que tanto dialoga com a esquerda como com o centro-direita democrático.
"Este é o partido que Mário Soares fundou, juntamente com tantos e tantos camaradas, e fundou para nós sermos o partido que tanto dialoga com a esquerda para aperfeiçoar os direitos sociais, como dialoga com o centro-direita democrático para aperfeiçoar as funções estratégicas do Estado", referiu.
Para José Luís Carneiro, o PS tem de ser "um partido capaz de criar consensos, um partido que contribui para a cooperação entre as forças políticas e sociais".
Garantindo sentir um apoio cada vez maior por todo o país, Carneiro afirmou: "a minha candidatura é a única que impede a Direita de ganhar as eleições".
Como "grandes prioridades", apontou a valorização dos rendimentos, a habitação e a saúde.
Deixou ainda o compromisso de que os militantes terão "uma palavra mais forte a dizer" na escolha dos candidatos a deputados.
"Vou assumir hoje, com os meus camaradas, uma nova proposta, a proposta de que, na futura escolha de candidatos a deputados, os militantes vão ter uma palavra mais forte a dizer para escolherem os seus candidatos a deputados à Assembleia da República", disse aos jornalistas.
O secretário-geral pode escolher 30 por cento dos candidatos e as federações distritais 20 por cento.
Nos restantes 50 por cento, José Luís Carneiro quer que os militantes tenham "uma palavra a dizer".
Às eleições para a liderança do PS, que vão decorrer nos dias 15 e 16, concorrem também Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião.
"Não há vencedores antecipados", disse ainda Carneiro, lembrando que cada militante representa um voto.
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