Líder do movimento Nova Direita quer "fazer renascer o Portugal ousado"
A líder do movimento Nova Direita, Ossanda Liber, afirmou hoje que as prioridades do partido são "fazer renascer o Portugal ambicioso e ousado", reforçar a direita e apresentar uma nova perspetiva para o futuro.
© Ossanda Líber/Somos Todos Lisboa
Política Nova Direita
À margem de um encontro com cerca de uma dezena de apoiantes em Vila Nova de Gaia, Ossanda Liber afirmou que o Nova Direita surge como consequência "do que se passa em Portugal" e da falta de "ideias ousadas" dos partidos de direita com representação na Assembleia da República.
"Tivemos muita dificuldade em identificar um partido que defendesse as nossas ideias para Portugal e não tivemos solução se não a trabalhosa tarefa de criar um partido político", admitiu a líder do partido formalizado em março com a entrega de 7.600 assinaturas no Tribunal Constitucional e antiga vice-presidente da Aliança, fundada pelo ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.
Aos jornalistas, Ossanda Liber afirmou existirem "três prioridades absolutas" no programa político do Nova Direita às eleições legislativas, agendadas para 10 de março de 2024, nomeadamente: "fazer renascer o Portugal ambicioso e ousado", reforçar a direita e apresentar uma nova perspetiva para o futuro.
"A primeira [prioridade] é defender a identidade portuguesa para fazer renascer o Portugal ambicioso e ousado do inerte que está hoje. É o nosso principal propósito", afirmou, reforçando a necessidade de serem defendidas as "características intrínsecas dos portugueses sem complexos ou sentimento de culpa".
Outra das prioridades passa pelo reforço da direita que, defendeu, "está muito fragilizada" na Assembleia da República e "não consegue convencer" o eleitorado.
"Temos o PSD que não tem conseguido apresentar ideias inovadoras para Portugal, portanto, não convence o eleitorado e temos o Chega, que faz o trabalho que tem de fazer e merece o nosso respeito, assim como o PSD, mas que não traz soluções aos problemas que denúncia", referiu, dizendo ser "para trazer soluções" que surge o Nova Direita.
A par da identidade portuguesa e do reforço da direita, Ossanda Liber adiantou que o movimento pretende também apresentar "uma nova perspetiva de futuro" para o país que, considerou, "está numa situação de limbo".
"Tudo o que se faz é no sentido de improvisar, não há uma perspetiva de futuro. Temos dificuldades em decidir sobre um aeroporto quanto mais sobre uma visão económica que vem revolucionar a situação em que nos encontramos hoje", acrescentou.
Ossanda Liber adiantou ainda que durante a campanha eleitoral o movimento vai procurar "ir ao encontro das pessoas" para perceber se o programa eleitoral "vai ao encontro das suas perspetivas".
A criação de um sistema universal de cobertura de saúde, a revogação da lei da eutanásia, o aumento da licença de maternidade para 24 meses, a imigração controlada e seletiva, a formação preventiva contra o consumo de drogas e a aposta na formação em inteligência artificial são algumas das medidas defendidas pelo partido.
Além de antiga vice-presidente do Aliança, Ossanda Liber tem ainda no histórico uma candidatura, como independente, à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições autárquicas de 2021 à frente do movimento Somos Todos Lisboa.
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