O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro disse, esta terça-feira, que é "um defensor intransigente da liberdade de expressão" e que a considera um "fundamento essencial à vida democrática".
Em entrevista à RTP3, o também ministro da Administração Interna considerou que a sua candidatura ao PS é a "proposta política que reúne melhores condições para impedir que a direita ganhe as eleições" e admitiu que pode "ganhar com uma maioria clara a confiança dos portugueses".
"Ganhando dentro do PS eu ganharei as eleições e constituirei uma maioria clara", afirmou José Luís Carneiro, realçando as manifestações de apoio que lhe têm chegado. "Será uma maioria de diálogo e de aliança com a vontade dos portugueses", afirmou.
"Todos reconhecem que tenho um perfil de conciliador e de construtor de pontes e de diálogo, que é essencial para despolarizarmos as sociedades", disse, realçando ainda a vontade de "dialogar mesmo partindo de pontos de vista diferentes" para "construir a vida das pessoas".
Questionado sobre Pedro Nuno Santos, o seu opositor à liderança do PS, Carneiro assumiu que o antigo ministro das Infraestruturas cometeu erros no dossiê da TAP, que "tiveram impactos negativos na imagem pública do Governo", mas defendeu que "só não comete erros quem não executa e não faz".
Sou um candidato que tem honra e orgulho naquilo que fizemos
José Luís Carneiro afirmou também que a sua candidatura é uma continuidade do trabalho que o PS tem vindo a desenvolver até aqui. "Sou um candidato que tem honra e orgulho naquilo que fizemos", asseverou Carneiro, realçando que o Governo socialista "venceu momentos muito críticos", como a pandemia, protegendo rendimentos, empresas e as famílias.
Questionado ainda sobre um telefonema que fez ao Presidente da RTP, quando o canal transmitiu um cartoon sobre as forças de segurança, José Luís Carneiro recusou tratar-se "de um protesto, mas sim de um diálogo". "Entendi ligar ao presidente da RTP e ao ministro da Cultura para dar conta que poderia haver um descontentamento nesse fim de semana nas forças de segurança".
Ainda sobre o encerramento do SEF, Carneiro disse que "havia cidadãos que entravam no país e agora deixaram de poder entrar", salientando que as fronteiras têm agora "maior condições de regulação de segurança" porque contam com o contributo da PSP, da GNR e de todos os antigos inspetores do SEF.
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