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"Agressividade verbal". "Só faz PSD ser cada vez mais parecido com Chega"

Socialista criticou palavras da oposição após discurso de Pedro Nuno Santos.

"Agressividade verbal". "Só faz PSD ser cada vez mais parecido com Chega"
Notícias ao Minuto

10:26 - 18/12/23 por Notícias ao Minuto

Política PS

A socialista Alexandra Leitão condenou, no domingo, "a agressividade verbal" do Partido Social Democrata (PSD), na sequência da eleição de Pedro Nuno Santos como secretário-geral do Partido Socialista (PS), considerando que este tipo de discurso só faz o partido da oposição "ser cada vez mais parecido com o Chega".

No programa 'O Princípio da Incerteza', na CNN Portugal, a deputada começou por defender quem vai ganhar as legislativas de 10 de março é "quem conseguir convencer melhor os cidadãos portugueses que vai resolver os problemas deles".

"Ouve-se dizer, de facto, que as eleições se ganham ao centro, mas eu, neste momento, estou sobretudo convencida que, no atual estado da situação das coisas, quem vai ganhar estas eleições de março é quem conseguir convencer melhor os cidadãos portugueses que vai resolver os problemas deles", apontou, após ser interrogado sobre como é que a vitória do líder da ala esquerda ajuda o PS a ganhar eleições.

"E aí, sim, acho que é Pedro Nuno Santos que tem mais capacidade para dizer às pessoas e para convencer as pessoas. Seja porque tem carisma, seja porque tem algumas provadas dadas, seja por várias razões", frisou.

Numa referência à reação do líder do PSD, Luís Montenegro, ao discurso de Pedro Nuno Santos, a também antiga ministra da Modernização apontou: "Felizmente, já no dia de hoje, meras 24 horas passadas sobre a eleição de Pedro Nuno Santos, aquilo que nós verificámos, designadamente do maior partido da oposição - que ainda é o maior partido da oposição - foi um ataque de caráter".

Na ótica de Alexandra Leitão, o PSD "passou por um conjunto de agressividade verbal".  "Francamente, não acho que contribua anda para a oposição se afirmar, só faz o PSD ser cada vez mais parecido com o Chega", atirou.

"Portanto, logo à partida, é algo que conta a favor do Partido Socialista e da candidatura do Partido Socialista", considerou.

A socialista elogiou o discurso de Pedro Nuno Santos e apontou que "não era aquele o momento para antecipar um programa eleitoral".

"Acho que foi um discurso de vitória, de agradecer a quem votou nele no seu partido, e de dizer em linhas gerais ao que vem. Não era aquele o momento para concretizar medidas, não era aquele o momento para antecipar um programa eleitoral", completou.

Recorde-se que Luís Montenegro pronunciou-se no domingo com duras críticas ao novo secretário-geral do PS, que acusou de pretender surgir de "cara lavada", após fazer parte de um Executivo que, durante oito anos, tentou "vender" ilusões aos portugueses.

Assumindo desejar que "o PS possa preparar-se para vir para a campanha eleitoral discutir o futuro de Portugal", ao invés de permanecer "amarrado ao que foi uma trajetória que só trouxe empobrecimento ao país e que, manifestamente, os portugueses não desejam ver renovada", o social-democrata assegurou estar "preparadíssimo" para o frente a frente com o recém-eleito líder dos socialistas.

"Estou preparadíssimo. Agora, não deixo de notar que esse discurso é um discurso que não diz nada às pessoas. Andar aqui com o papão da Direita para trás ou o papão de que vem aí alguém que deseja fazer mal às pessoas é uma narrativa política inconsequente para a vida das pessoas. Não dá mais casas aos jovens, não baixa impostos às empresas e às pessoas que trabalham, não dá melhores cuidados de saúde, não põe professores nas escolas", disse Montenegro, em declarações à imprensa.

Posteriormente, e já depois de se encontrar com António Costa para a passagem de pasta, Pedro Nuno Santos considerou que não é "o líder do PS que a Direita gostava de ter" e disse querer dar início "a uma nova fase, um novo ciclo", com um projeto "de continuidade, mas, sobretudo, de mudança". 

De notar que os militantes do PS foram chamados às urnas, entre sexta-feira e sábado, para escolher um novo líder, na sequência da demissão de António Costa. A escolha foi expressiva e Pedro Nuno Santos venceu as eleições com mais de 60% dos votos.

Leia Também: De "impreparado" a "herói"? O que se disse do novo líder do PS

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