Passos Coelho, Ventura e Montenegro? "Trata-se de uma grande família"

Mariana Mortágua considerou que "a grande família" - constituída por Pedro Passos Coelho, André Ventura e Luís Montenegro - "vai voltar a perder" as eleições e que o Bloco de Esquerda "vai ser parte determinante para essa derrota".

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© Rita Franca/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Daniela Carrilho
19/12/2023 17:27 ‧ 19/12/2023 por Daniela Carrilho

Política

Bloco de Esquerda

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, acusou, esta terça-feira, a Direita de ter prejudicado "serviços públicos, salários, pensões e qualidade de vida" das pessoas enquanto esteve no Governo, motivo pelo qual considerou que "a grande família" constituída por Pedro Passos Coelho, André Ventura e Luís Montenegro "vai voltar a perder" as eleições e que o Bloco de Esquerda "vai ser parte determinante para essa derrota".

Em comentário às  declarações do ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho contra o demissionário António Costa, Mortágua acusou-o de "desautorizar" o atual presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, e de assumir que o projeto do partido passa "por um acordo com o Chega".

"Não é de estranhar porque Portugal conhece Passos Coelho, sabe que André Ventura era seu acólito, era seu protegido. Na mesma altura, Montenegro era líder parlamentar do PSD. Trata-se, portanto, de uma grande família e não deixou de o ser. Essa grande família saiu do poder em 2015, perdeu as eleições desde então e vai voltar a perder, porque o país não esquece o que fez aos serviços públicos, aos salários, às pensões, à qualidade de vida, à dignidade de quem trabalhava em Portugal. O Bloco vai ser parte determinante para a derrota da Direita", afirmou Mortágua, em declarações aos jornalistas à margem da visita ao hospital Amadora-Sintra, em Lisboa.

No que diz respeito ao Sistema Nacional de Saúde, a líder bloquista considerou que "o que está em causa é a qualidade do serviço aos utentes", que sofreu uma "degradação" devido à maioria absoluta do Partido Socialista (PS).

"Uma coisa é certa, o programa que a maioria absoluta fez foi de degradação dos serviços. Isso é inquestionável e inegável. O país não consegue viver com urgências que abrem à vez e com um SNS que está assente em horas extraordinárias ilegais por parte de profissionais que abdicam da sua vida e não são só médicos... Médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares", salientou Mariana Mortágua, salientando que é necessário "arranjar soluções".

O BE espera que a campanha eleitoral seja "um período de clarificação". O PS "tem de reconhecer o que correu mal e apresentar soluções ao país".

Sobre um acordo à Esquerda, Mortágua afirma que o BE espera "para ver o programa do PS", mas terá, acima de tudo, "um compromisso com o SNS".

"Vamos lutar para que no dia 11 de março exista no Parlamento uma maioria capaz de ter soluções para abrir as urgências dos hospitais, para ter profissionais e para reconstruir aquilo que tem sido destruído ao longo dos últimos anos no SNS", concluiu.

Leia Também: Mortágua afirma que Montenegro "despediu professores" e acusa incoerência

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