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"Voto no PS é uma ilusão e daí não virá solução para as nossas vidas"

Segundo o secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, "quando a Direita ganha força, a vida de cada um dá um passo atrás".

"Voto no PS é uma ilusão e daí não virá solução para as nossas vidas"
Notícias ao Minuto

19:44 - 19/12/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Paulo Raimundo

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, considerou, esta terça-feira, que "o voto no Partido Socialista é uma ilusão e, tal como se provou, daí não virá solução para as nossas vidas".

"Esta é a realidade, independentemente das promessas que agora voltam a surgir, independentemente do esforço de limpeza de responsabilidades que está em curso", afirmou, em declarações numa iniciativa da Coligação Democrática Unitária (CDU), em Lisboa, coligação que junta PCP e PEV, com a qual os dois partidos têm concorrido às eleições e que vão manter para os atos eleitorais do próximo ano.

Segundo Paulo Raimundo, "quando a Direita ganha força, a vida de cada um dá um passo atrás e é tal como se viu e tal como se sentiu com os anos da Troika, estavam lá todos - atuais e anteriores dirigentes". "Uns que se mantém no PSD e no CDS, outros que se passavam para o Chega e para a Iniciativa Liberal, mas que passaram não para se redimirem na política, mas sim para intensificarem ainda mais essa politica agressiva", acrescentou.

"O que está realmente em causa é o confronto com os partidos que, com esta ou aquela diferença, garantem todos os interesses dos grupos económicos. A partir de um palanque azul onde se lia 'Mais CDU, vida melhor', Paulo Raimundo contrapôs que "quando o PCP e a CDU ganham força, a vida de cada um melhora e anda para a frente".

"Então se assim é, o reforço da CDU é mesmo uma necessidade, é mesmo uma condição para a vida melhor a que todos temos direito", salientou, manifestando confiança "para todas e cada uma das batalhas eleitorais" do próximo ano, nomeadamente as eleições legislativas antecipadas de março, as regionais dos Açores e as europeias.

"Vamos a estas eleições para crescer, para ter mais votos, mais percentagem, mais eleitos da CDU, mais eleitos que tanta falta fazem. E isto não são palavras de circunstância desligadas da realidade e das verdadeiras possibilidades que temos para este crescimento, são afirmações claras de quem está no terreno, de quem sente que há cada vez mais gente a perceber o valor próprio e único da CDU", salientou.

Paulo Raimundo defendeu igualmente que "a indignação e o protesto vão valer ainda mais com o voto na CDU, a força que rejeita e combate as injustiças, a força que não diz uma coisa hoje para depois fazer outra amanhã" e que apresenta "soluções para um Portugal com futuro".

O comunista adiantou ainda que este evento foi o "pontapé de saída para um profundo, amplo e necessário movimento nacional de esclarecimento que está a ser implementado no terreno".

Além do secretário-geral do PCP, esta iniciativa que se assemelhou a um comício contou também com intervenções da ex-deputada Mariana Silva, membro da comissão executiva do PEV, João Geraldes, presidente da Associação Intervenção Democrática, e ainda Deolinda Machado, coordenadora nacional da CDU.

Marcaram presença vários dirigentes dos dois partidos, entre os quais o ex-secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, a líder parlamentar, Paula Santos, o anterior líder parlamentar e cabeça de lista às eleições europeias, João Oliveira, João Ferreira, António Filipe e Bernardino Soares, e os antigos deputados do PEV Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira.

Antes, Mariana Silva, antiga deputada do Partido Ecologista 'Os Verdes', defendeu que a maioria absoluta que o PS conquistou nas legislativas do ano passado constituiu "um grande problema na vida das pessoas", e destacou que na altura da geringonça foi possível "conquistar medidas importantes".

"O reforço da CDU e o regresso d'Os Verdes à Assembleia da República é a verdadeira solução para dar voz aos problemas dos portugueses e de quem escolheu viver em Portugal", defendeu a dirigente, afirmando ser tempo de "retomar a voz ecologista" no parlamento.

[Notícia atualizada às 21h27]

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