PS/Madeira critica postura chantagista do presidente do Governo Regional

O líder do PS/Madeira criticou hoje "a postura chantagista" do presidente do Governo Regional, ao ameaçar que as obras vão parar na região porque o Orçamento para 2025 foi chumbado.

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Lusa
16/12/2024 16:26 ‧ 16/12/2024 por Lusa

Política

Madeira

"Qualquer evento em que Miguel Albuquerque participe, parece que estamos num comício do PSD e isto não é admissível", disse Paulo Cafôfo em conferência de imprensa, no Funchal.

 

Acusando o chefe do executivo da Madeira de não distinguir a função de presidente [do Governo] da de líder partidário, Cafôfo reforçou que "as obras só irão parar se o presidente do Governo e o Governo as mandarem parar e sabotarem a Região".

O líder socialista insular salientou que "as obras estão inscritas, têm um caráter plurianual e, como tal, não podem parar por não haver orçamento".

"Isso é enganar, é mentir aos madeirenses", enfatizou, adiantando que os funcionários públicos terão a sua valorização salarial e que o salário mínimo será aumentado, lembrando que o acréscimo para vigorar a partir de janeiro já foi aprovado na passada semana, já depois do chumbo do orçamento.

"Há aqui mentiras, chantagem e sabotagem", opinou Paulo Cafôfo, considerando que Miguel Albuquerque procura instrumentalizar o facto de o orçamento ter sido chumbado para tirar dividendos político-partidários.

"Nós não podemos estar nas mãos de um presidente do Governo que usa a chantagem só para benefício e interesse pessoal", sublinhou, apelando aos madeirenses que "não tenham medo de mudar este Governo" e "não se deixem levar nas falácias e nas mentiras de Miguel Albuquerque".

Cafôfo mencionou que Miguel Albuquerque "agendou o debate do orçamento de 2024 apenas para fevereiro, tendo-se demitido e impedido a sua discussão" e o documento foi aprovado em junho deste ano e "os problemas mantiveram-se".

"A situação da Madeira está pior do que estava antes", opinou Paulo Cafôfo, referindo que "as listas de espera na saúde cresceram, que serão construídas menos 300 casas do que as prometidas e que a Madeira não consegue sair do fim da tabela das regiões mais pobres do país".

O responsável socialista insular destacou que o Governo Regional "tem a grande probabilidade de chegar ao fim" na terça-feira e "nunca devia ter tido um princípio", recordando que o PS sempre disse que "era muito precário" e que, com os acordos feitos, "nomeadamente com o Chega, este desfecho era previsível".

Também falou do facto de governo madeirenses, "nas vésperas de chegar ao fim e com o presidente e mais de metade dos seus elementos arguidos por suspeitas de corrupção, resolver criar um gabinete de prevenção da corrupção".

"Estou certo de que os madeirenses não se vão deixar enganar por esta manobra do Governo de criar este gabinete, como se isso branqueasse os processos judiciais e os crimes pelos quais o presidente do Governo e os secretários regionais estão indiciados", concluiu.

As propostas de Orçamento Regional e Plano de Investimentos para 2025 do Governo da Madeira liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque foram chumbadas na passada segunda-feira, com os votos contra de toda a oposição, num total de 26 votos num universo de 47 deputados. Apenas PSD e CDS-PP votaram a favor.

Terça-feira será debatida e votada a moção de censura apresentada pelo Chega ao Executivo Regional que tem aprovação anunciada, isto caso os partidos da oposição mantiverem a posição anunciada de votar contra.

A concretizar-se, representa o primeiro derrube do Governo Regional em 50 anos de autonomia com base numa moção de censura e coloca a cenário de novas eleições legislativas antecipadas no arquipélago.

Leia Também: Cafôfo vê Albuquerque como um "empecilho" e responsável por instabilidade

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