Aliança é "alternativa estável e credível" após "anos de governação má"

Sobre o facto de a Iniciativa Liberal (IL) ter ficado 'de fora', o líder do CDS, Nuno Melo, lamentou que "não estejam desde início" na Aliança Democrática.

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Notícias ao Minuto com Lusa
22/12/2023 23:59 ‧ 22/12/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

CDS-PP

O líder do CDS-PP, Nuno Melo, afirmou, esta sexta-feira, que a coligação do seu partido com o Partido Social Democrata (PSD) para as eleições Legislativas e Europeias do próximo ano irá permitir uma "alternativa estável e credível" depois de "oito anos de governação má" do Partido Socialista (PS). Sobre o facto de a Iniciativa Liberal (IL) ter ficado 'de fora', o responsável lamentou que "não estejam desde início" na Aliança Democrática (AD).

"Esta é uma AD que soma e que elege. Esta AD é um projeto estável, credível, que soma muitos quadros, não só do CDS e do PSD, mas também independentes. É a única solução alternativa ao que temos agora neste governo ainda liderado por António Costa", afirmou, em entrevista à SIC Notícias, lembrando que o PSD e o CDS venceram em todas as eleições em que formaram uma coligação.

Para Nuno Melo, nas próximas eleições, "não está em causa a escolha do mais radical, mas sim dos mais credíveis e dos mais capazes, estáveis para trazer a Portugal um ciclo de crescimento, de eficácia nos serviços públicos, que devolva rendimentos às famílias e empresas".

O líder dos democratas-cristãos reiterou que a coligação "é o único projeto que garante, no espaço político de centro-direita, uma solução alternativa, estável e credível, que pode ser diferente do que hoje temos, depois de oito de uma governação muito má" do PS. 

Sobre o partido Chega, e o potencial crescimento nas próximas eleições, Nuno Melo afirmou que nunca viu, "em 49 anos de democracia, o líder de um partido político antecipar uma moção de rejeição a um governo do seu espaço político", referindo-se ao facto de André Ventura ter admitido que avançará com uma moção de rejeição ao programa de governo do PSD.

"Infelizmente, chegamos a um ponto em que o Chega é o aliado útil do Partido Socialista", afirmou, frisando que "à direita só há um partido que traz estabilidade e que garante com previsibilidade e com competência essa alternativa do centro-direita: o CDS".

Questionado sobre a possibilidade de a Iniciativa Liberal (IL) estar disponível para ajudar a viabilizar um governo da Aliança Democrática, o responsável frisou que o partido "poderá ajudar na maioria e levar a essa estabilidade".

"Acho que os três partidos juntos - PSD, CDS-PP e IL - teriam uma maior possibilidade de garantir mais mandatos e ficar mais próximos ou conseguir mesmo uma maioria absoluta", considerou. No entanto, essa "não foi a vontade da Iniciativa Liberal".

"Tenho pena, realmente, que não estejam desde início neste projeto desta AD", lamentou.

"Serei candidato nas eleições Legislativas"

O eurodeputado indicou ainda que integrará as listas de candidatos a deputados da coligação com o PSD e remeteu o anúncio dos candidatos às eleições europeias para depois das legislativas.

"Não fiz um único convite para listas, exceção feita talvez a mim próprio que serei candidato nas eleições Legislativas", afirmou o líder centrista, sem especificar no entanto por que círculo será candidato e em que lugar da lista.

Quanto aos candidatos às eleições Europeias de junho, Nuno Melo apontou que "a partir do dia 11" de março, o dia após as legislativas, estará "em condições de dizer quem será o candidato".

Nesta entrevista, o presidente do CDS-PP afirmou que este é um "acordo que é bom certamente para o PSD e para o CDS", mas recusou dar mais pormenores concretos, sustentando que o "relacionamento entre partidos tem regras" e a coligação ainda tem de ser ratificada pelos órgãos das duas forças políticas.

Sublinhe-se que os presidentes do Partido Social Democrata (PSD) e do CDS-PP anunciaram, na quinta-feira, que vão propor aos órgãos nacionais dos seus partidos uma coligação pré-eleitoral para as próximas legislativas e europeias

Segundo um comunicado, enviado às redações, a coligação vai abranger as eleições legislativas de 10 de março de 2024 e as europeias de junho do mesmo ano. "A Aliança Democrática é composta pelos dois partidos, PPD/PSD e CDS-PP, e um conjunto de personalidades independentes", lia-se ainda.

Os partidos irão pela quarta vez juntos a votos em legislativas, depois das coligações pré-eleitorais firmadas em 1979 e 1980, a 'Aliança Democrática', e a de 2015, 'Portugal à Frente', mas só as primeiras resultaram em governos que assumiram funções.

Leia Também: Aliança Democrática? Um "projeto de Direita" entre Passos, PSD e Chega

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