"O CDS não foi ter com ninguém para fazer uma coligação"

O líder centrista quis deixar claro que "a AD nasce porque o CDS se preparou para ir a votos por si". Nuno Melo confirma também ter ouvido todos os "apoucamentos" feitos pelo líder do PS, mas criticou o facto de não ter dirigido uma palavra aos portugueses em dificuldades.

Notícia

© Global Imagens

Notícias ao Minuto
07/01/2024 09:47 ‧ 07/01/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Crise política

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, afirmou, este sábado, ter assistido a todos os "apoucamentos" feitos pelo secretário-geral dos socialistas Pedro Nuno Santos à Aliança Democrática (AD), no Congresso do PS. 

Contudo, e em entrevista à CNN, diz não ter ouvido nenhuma palavra para os portugueses que enfrentam dificuldades económicas. "Não lhe ouvi uma palavra ao milhão e 700 mil portugueses sem médico de família, àqueles que estão abandonados nos corredores dos hospitais, aos que batem com o nariz nas portas das urgências, aos que têm a vida em risco porque não conseguem cirurgias ou consultas, para os jovens que estão no desemprego... Não ouvi uma palavra aos professores comprimidos nos seus rendimentos, em relação aos 4 milhões de portugueses que estão no limiar da pobreza", atirou, acrescentando ter ouvido um "conjunto de vacuidades que interessam muito pouco" aos portugueses. 

Passando ao ataque, frisa que Pedro Nuno Santos "deixou de ser ministro por incompetência" e que "a AD tinha de nascer porque esta absoluta incompetência deixa Portugal a marcar passo há 8 anos", acrescenta, criticando os governos de António Costa. 

O líder centrista quis ainda deixar claro que "a AD nasce porque o CDS se preparou para ir a votos por si" . não por necessidade do partido. 

"O CDS não foi ter com ninguém para fazer uma coligação, estava preparado para ir a votos por si. O CDS reestruturou-se, chamou os melhores quadros num friso de qualidade que asseguravam que o partido, indo a votos por si, elegeria deputados", explica. 

Contudo, "Portugal é um bem maior", diz Nuno Melo, justificando a nova aliança. O presidente do CDS-PP acredita que as propostas apresentadas podem trazer "esperança e crescimento à economia e credibilidade às instituições democráticas".

No que concerne a 'lei Cristas', outra das críticas do socialista, Nuno Melo contrapõe e questiona se o prometido por Nuno Santos são "os 1.400 milhões de euros que em 2016 o doutor António Costa disse que utilizaria para reabilitar 7.500 habitações, não tendo construído uma única?". Mais ainda, desmentiu que a referida lei tenha aumentado o especulação mobiliária. 

De notar que o PSD, CDS-PP e PPM assinam hoje o acordo de coligação Aliança Democrática, numa cerimónia na Alfândega do Porto em que também discursará um representante dos independentes que deverão integrar as listas conjuntas às legislativas.

No sábado, foi divulgado o texto do acordo no qual se destaca a "experiência de Governo" da Aliança Democrática (AD) no passado, "uma mais valia que não existe noutros setores políticos", e se alerta para "a afinidade da anterior e atual liderança do PS com os partidos da esquerda radical".

Leia Também: PSD e CDS aprovaram a "nova solução" para o país. O que prometem?

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas